O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu os 38 ministros no Palácio do Planalto, na manhã desta terça-feira (26/8), com o objetivo de alinhar as ações do governo para o segundo semestre. O encontro começou por volta das 10h e durou cerca de três horas. Os membros do alto escalão usaram um boné azul, com a frase “O Brasil é dos Brasileiros”.
Ao longo de todo o período discursaram, além do titular do Planalto, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e os ministros Rui Costa [Casa Civil], Mauro Vieira [Relações Institucionais], Fernando Haddad [Fazenda], Gleisi Hoffmann [Relações Institucionais] e Sidônio Palmeira [Comunicação Social].
O presidente Lula falou aos ministros em dois momentos. No início, durante a abertura do encontro, e no fechamento da reunião. No início da reunião, o chefe do Planalto fez críticas à família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Ao final, segundo interlocutores do Planalto, ele fez um apelo aos ministros para que divulguem as ações dos ministérios, mas também façam uma defesa do governo como um todo.
Balanços
Em sua fala, Haddad fez um histórico do ponto de vista econômico, elencando as principais medidas aprovadas desde o início do governo. Mauro Vieira apresentou um balanço das ações em resposta ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos.
A ministra Gleisi, que não usou o boné distribuído aos ministros, citou as pautas prioritárias para o governo neste fim de ano. São elas: a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, a PEC da Segurança Pública, e o projeto de regulamentação das big techs — que deve ser enviado ao Congresso Nacional nos próximos dias.
A titular da articulação política do governo pediu que os colegas de Esplanada acompanhem a agenda de prioridades.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, apresentou o novo slogan do Executivo: Governo do Brasil/Do lado do povo brasileiro. A frase vai substituir o slogan União e Reconstrução, criado em 2023.
Críticas à família Bolsonaro
No início da reunião ministerial, Lula, após comentar que a guerra na Ucrânia estaria próxima do fim, fez diversas críticas à família do ex-presidente Jair Bolsonaro, em especial ao filho Eduardo. “O que está acontecendo hoje no Brasil com a família do ex-presidente e do filho dele nos EUA é uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus”, afirmou.
“Não existe nada que pode ser mais grave do que uma família inteira, com um filho que já deveria ter sido expulso da Câmara, insuflando um outro Estado contra o Estado do Brasil. Vamos ter que fazer disso uma frente de batalha no campo da política, do governo para que a gente possa fazer com que esse país seja respeitado”, destacou o presidente.
Lula também fez críticas ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Tratou-se da segunda reunião ministerial do ano e a nona desde o início do mandato. Nos próximos dias, ocorrerão outros encontros separados por segmentos para que os ministros apresentem entregas de suas pastas.