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Maysa se defende após fala de adolescente vítima de estupro: “interrompê-la seria violência ainda maior”

A parlamentar chorou ao rebater críticas e disse que interromper a fala da jovem seria uma nova violência

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DA REDAÇÃO

A  vereadora Maysa Leão (Republicanos) se pronunciou nesta terça-feira (26), após a repercussão da participação de uma adolescente de 16 anos, vítima de estupro cometido pelo próprio pai, durante uma audiência pública na Câmara Municipal de Cuiabá, realizada no último dia 20. Segundo a parlamentar, não havia como saber a idade da jovem, já que a Casa de Leis não solicita documentos pessoais para inscrições em falas durante as sessões. Maysa ressaltou ainda que a adolescente pediu para se manifestar e que interrompê-la seria um ato de violência diante do contexto de coragem exposto por ela ao relatar os abusos sofridos.  

“Uma adolescente acompanhada de sua psicóloga e da assistente social que cuida de seu caso, numa audiência que eu presidia, se inscreveu para falar. Aqui não é praxe pedir RG. Quando disse ter 16 anos, todos se surpreenderam, inclusive eu. Interrompê-la naquele momento seria uma violência ainda maior”, afirmou a vereadora.  

A parlamentar ainda devolveu as criticas e questionou por que ninguém se preocupou com a assistência prestada à menina. "Ninguém perguntou se ela está assistida. Está assistida por algum dispositivo do município de Cuiabá? Não. Porque não existe!", disparou Maysa. 

Durante o pronunciamento, a jovem revelou ter sido vítima de abusos desde os cinco anos, praticados pelo pai, padrasto e um tio. Relatou ainda que era dopada e usada para o tráfico de drogas. O caso sensibilizou os presentes e levantou questionamentos sobre a falta de políticas públicas em Cuiabá e Mato Grosso para atendimento especializado a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual.  

Maysa destacou que, assim que soube da idade da vítima, conversou com representantes do Ministério Público e solicitou que a fala fosse retirada do ar para evitar que o conteúdo fosse gravado ou compartilhado em redes sociais.  

A vereadora também rebateu críticas de que teria exposto a adolescente. “Eu não filmei, não puxei uma adolescente pela mão, não coloquei ela no púlpito. Uma adolescente acompanhada de sua psicóloga e da assistente social que cuida de seu caso, numa audiência que eu presidia, se inscreveu para falar. A sociedade devia se preocupar se ela está segura, como vive e se os agressores estão presos, e não em me usar politicamente”.  

Por fim, Maysa reforçou que a coragem da adolescente em se manifestar deve ser respeitada.    

VEJA VÍDEO:

 

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