O governador Mauro Mendes (UB) se manifestou nesta segunda-feira (17) sobre o desgaste político que ele mesmo protagonizou com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e as implicações desse racha no apoio do Partido Liberal (PL) para as eleições de 2026. Mendes minimizou o peso da aliança partidária, afirmando que qualquer apoio é bem-vindo, mas "não é determinante" para o sucesso eleitoral, seja em sua possível candidatura ao Senado, seja na do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ao Governo.
Questionado sobre as consequências do confronto com o "filho 03" do ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador destacou que a força de uma candidatura reside na ligação direta com o eleitorado, e não nas alianças de cúpula.
"Todo apoio é importante, mas ele não é imprescindível para que nenhum candidato, ele seja ou não seja candidato. Agora, ninguém pode construir uma candidatura só pensando em apoios," afirmou Mendes.
"A grande importância é você se conectar diretamente com o cidadão, com a sociedade." Para exemplificar sua tese, o governador citou o próprio ex-presidente: "Se fosse assim, o Bolsonaro não teria sido presidente, porque foi candidato sem apoio de ninguém (em 2018). Ele não tinha partido político, ele não tinha grande mídia apoiando ele, ele não tinha grandes grupos econômicos apoiando ele, ele se conectou direto com o cidadão e virou presidente do Brasil."
Ao ser questionado se seguiria o mesmo caminho de Bolsonaro, Mendes afirmou que só definirá suas estratégias após decidir se será, de fato, candidato.
SEM DESCULPAS
O governador rechaçou qualquer possibilidade de se desculpar com Eduardo Bolsonaro pelas críticas feitas, ao deputado federal, em defesa do amigo dele, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, no início do mês, que culminaram em uma troca pública de ataques pela imprensa. Questionado se havia pedido desculpas, Mendes respondeu com outra pergunta: "O que eu falei de errado?" O governador reiterou que seu posicionamento se baseia na necessidade de união da direita, e não na promoção de divergências.
"Eu acho que a direita no Brasil, ela precisa de líderes que realmente ajudem a construir a sua unidade. E eu vejo que em alguns momentos, os posicionamentos dele [Eduardo] tem gerado divergências. E nós estamos no momento de construir convergência e não divergências."
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