A Polícia Civil de Mato Grosso divulgou nesta segunda-feira (17), que concluiu a investigação sobre o caso da estudante de 13 anos esfaqueada dentro da Escola Estadual Domingos Aparecido dos Santos, em Rondonópolis (a 220 Km de Cuiabá), na segunda-feira (10) da semana passada. O ataque foi cometido por um adolescente de 16 anos, que desferiu golpes de canivete contra a colega durante o intervalo das aulas. A vítima foi atingida na virilha, abdômen e tórax, sendo que uma das perfurações atingiu o pulmão. Um outro estudante, de 15 anos, que tentou defender a menina, também foi ferido na mão.
De acordo com as apurações da Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente (Deca), o crime foi premeditado. Na mochila do agressor, os policiais encontraram o canivete utilizado, um caderno com anotações e uma carta de despedida, na qual o adolescente afirmava sofrer bullying e dizia não se arrepender do que faria.
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Testemunhas relataram que ele era alvo frequente de apelidos pejorativos como “magrelo”, “palito” e “esqueleto”, situação que teria motivado o ataque. A vítima, no entanto, negou em depoimento ter praticado bullying contra o autor.
Diversas testemunhas foram ouvidas, incluindo alunos, funcionários da escola e familiares dos envolvidos. As imagens das câmeras de segurança, que registraram o momento da agressão, também foram anexadas ao inquérito. Os materiais apreendidos foram encaminhados à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), e a Polícia Civil aguarda a conclusão dos laudos periciais e do exame de corpo de delito da vítima.
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O adolescente de 16 anos foi responsabilizado por ato infracional análogo aos crimes de tentativa de homicídio e lesão corporal grave. Ele foi encaminhado ao sistema socioeducativo, onde permanecerá internado inicialmente por 45 dias, conforme decisão da Vara da Infância e Juventude.
Outro adolescente, de 15 anos, foi identificado como partícipe por ter fornecido o canivete e não impedir a ação, embora não tenha participado diretamente da agressão. Ele responderá em liberdade, salvo futura representação do Ministério Público.
A Polícia Civil reforçou que o caso evidencia a necessidade de combater práticas de bullying no ambiente escolar e destacou seu compromisso com a apuração rigorosa dos fatos e com a segurança da comunidade estudantil.

















