O deputado federal José Medeiros (PL) afirmou que o projeto de lei 2.858/2022 que concede anistia aos presos políticos do 8 de janeiro de 2023 foi "engavetado" no Congresso após a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Medeiros criticou os "surfistas" que se aproximam da extrema-direita para absorver os votos dos conservadores, mas não defendem as pautas de interesse dos bolsonaristas. O deputado atribuiu o silêncio dos parlamentares ao medo de represálias por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
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"Mais uma vez, o assunto que o Brasil inteiro espera ser votado aqui no Congresso foi jogado para as gavetas. A injustiça contra Jair Bolsonaro e a covardia em voltar a essa anistia está muito clara para todos que estão acompanhando o trabalho aqui em Brasília. Todo mundo sabe, quando o Congresso quer votar alguma coisa não precisa de muita lenga-lenga, não", falou Medeiros nas redes sociais na noite desta quarta-feira (26).
A bancada da direita tinha a expectativa que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), cedesse à pressão e pautasse a anistia já nessa quarta. Mas o rompimento de Hugo com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), influenciou para o congelamento temporário da discussão.
"Rito atropelado, bilhões aprovados de madrugada... isso quando é para atender interesses. Mas quando o tema é anistia, aí o relógio para. A pressa some e fingem que não é com eles", disparou Medeiros.
O deputado também provocou os senadores por não se empenharem na coleta de assinaturas para votar o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes e recomendou os eleitores da direita a lembrar do "silêncio" dos nomes que tentarão se reeleger.
"Tem gente nos estados que está por aí, de olho nos votos. Em Brasília também estão de olho nos votos dos conservadores, nos votos bolsonaristas. Querem surfar na força de Bolsonaro em 2026. Querem vir aqui para o Senado. Mas na hora de defender o homem, silêncio. Silêncio diante da perseguição. Silêncio diante da prisão injusta. Não têm coragem nem de mencionar o nome de Alexandre de Moraes, que dirá falar alguma coisa", disse o deputado.
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