O governador Mauro Mendes (União Brasil) voltou a criticar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pela troca de farpas com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Mauro disse que Eduardo "troca tiros dentro da trincheira", arriscando a implosão do grupo da extrema-direita. O governador acredita que o momento político exige a união de forças, construindo o diálogo entre os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Eduardo tem investido fortemente na descontrução da imagem de Tarcísio, tentando afastar sua imagem dos conservadores. A movimentação intensificada após a prisão preventiva de Jair é compreendida como estratégica. Porém, o governador Mauro Mendes não apoia o posicionamento do filho de Bolsonaro, temendo ruídos que podem desmonorar a direita.
"Se você está numa trincheira de batalha, tem um inimigo do outro lado, se você começa a trocar tiros dentro da trincheira, isso é muito ruim. Então, eu fiz uma crítica assim ao Eduardo Bolsonaro. Eu não conheço pessoalmente, mas eu vi ele um dia criticando o Tarcísio, dizendo que ele era o candidato do sistema. Eu conheço o governador Tarcísio e eu acredito que ele tem boas qualidades. E tem muita gente com boa qualidade e não é muito adequado ele ficar lá dos Estados Unidos, ataca um, bate boca com Nikolas", falou o governador ao UOL nesta quarta-feira (26).
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O filho de Jair não tem se posicionado como candidato à presidência. Seu comportamento, inclusive, ao endossar sanções do presidente norte-americano Donald Trump ao Brasil, é um dos fatores que contribuem com o aumento à rejeição da família Bolsonaro. Mauro não avalia que o caminho seja silenciar o deputado, mas reiterou que Eduardo deve refletir sobre a tensão que ele cria entre os conservadores que tentam se reorganizar para 2026.
"Ninguém pode negar a qualquer cidadão, seja aqui no Brasil, em qualquer lugar do mundo, o direito de falar e de se expressar. Mas se nós temos um objetivo comum, a gente precisa unir as nossas forças e não ficar trocando farpas. Alguns tipos de diálogos não são construtivos para a direita nesse momento", destacou Mauro.
















