A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), se defendeu das críticas por nomear Silvio Fidélis para a secretaria de Governo do município. A prefeita chegou a ser chamada pelo presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, de incoerente pela escolha. Isso porque Fidelis atuou nas gestões passadas de Várzea Grande, de Kalil Baracat (MDB) e Lucimar Campos (UB). Segundo Moretti, a decisão foi estratégica e pensada para garantir o diálogo com a Câmara Municipal.
"Quem tá na gestão da prefeitura de Várzea Grande, quem está acompanhando a situação com a Câmara Municipal sabe que eu preciso de pessoas como o Silivio Fidelis, com a experiência política de dialogar com agentes políticos. Não vejo essa crítica como ruim do Ananias, mas quem está na prefeitura de Várzea Grande, quem é prefeita, quem é gestora e quem está sofrendo, sou eu", disparou Flávia.
A relação com a Câmara tem sido o principal gargalo da prefeita. Desde o início do mandato, a gestore tem protagonizado embates com os vereadores, em especial com o presidente da Casa, Wanderley Cerqueira, correligionário do ex-prefeito Kalil Baracat. Com uma Câmara avessa à gestão, Flávia explicou que precisou amadurecer politicamente e escolher um perfil com experiência na política várzea-grandense para tentar consolidar o diálogo com o parlamento.
"Eu chamei o Silvio para o staff, para meu time de secretários, por uma questão bem clara que é de governo. O secretário de Governo tem que ter diálogo com os vereadores e também experiência política e o Silvio tem essa experiência. Ele trabalhou como secretário de Governo do Chico Galindo em Cuiabá e articulou toda a questão com os vereadores sobre a concessão da CAB e se sabe muito bem que é meu maior desafio em Várzea Grande é uma articulação com os vereadores para que tudo possa transcorrer normalmente, principalmente quanto ao processo do nosso saneamento básico, e o Silvio vai fazer um papel primordial nesse diálogo", ponderou.
Embora tenha sido alvo de críticas, a prefeita afirmou que não vê a decisão como um "sacríficio político" e também relembrou que há pouco tempo, Silvio Fidelis havia sido nomeado para auxiliar na condução da Secretaria de Educação de Cuiabá, mas o prefeito Abilio Brunini (PL), que também faz oposição à família Campos e ao MDB, não foi alvo dos mesmos questionamentos.
"Não é um sacrifício político, é um amadurecimento da Flávia como gestora política entender que outros agentes políticos são necessários para o diálogo e a conversa com a Câmara", frisou.


















