A deputada federal Erika Hilton cobrou oficialmente porovidências ao Governo de Pernambuco, por meio de ofício nesta segunda-feira (29), pelo espancamento coletivo na praia de Porto de Galinhas, do casal de turistas mato-grossenses Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, ocorrido no sábado dia 27.
O que deveria ser um momento de lazer transformou-se em um pesadelo para o casal, após se recusarem a pagar valores abusivos impostos pelos donos de barracas na praia. O caso repertutiu nacionalmente.
Segundo os relatos, o conflito começou quando os turistas questionaram a alteração de valores de consumação e aluguel de cadeiras. Ao se recusarem, o casal foi atacado por um grupo de aproximadamente 20 barraqueiros.
A ação teria contado supostamente com a conivência policial. Segundo a deputada e as vítimas, agentes de segurança, em vez de prenderem os agressores, teriam ido ao hospital onde o casal recebia atendimento para cobrar os valores exigidos pelos barraqueiros.
"É inaceitável que um casal seja vítima de um espancamento coletivo por se recusar a ser extorquido. E é nojento que a polícia atue como cobradora de quem age na ilegalidade", afirmou Erika Hilton em suas redes sociais.
Embora a investigação ainda esteja em curso, a deputada não descarta que a orientação sexual das vítimas tenha sido um dos motivos para que tenham se tornado alvos.
Para Hilton, os agressores podem ter acreditado que, por ser um casal gay, os turistas seriam alvos mais fáceis para a extorsão e que a violência contra eles seria "mais aceitável". A parlamentar ainda destacou que as praias são bens públicos e que a cobrança de consumação mínima por barraqueiros é questionável.
O mandato da deputada federal acionou a Polícia Civil e a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco exigindo explicações sobre a conduta dos agentes e a identificação de todos os agressores, dos quais 14 já foram identificados.
LEIA MAIS: Prefeito de Ipojuca reage após agressão a turistas de MT em Porto de Galinhas; vídeo
