A decisão da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que pode poupar a assassina confessa Nataly Helen Martins Pereira do Tribunal do Júri, gerou protestos e indignação entre os familiares da vítima. Ana Paula Peixoto de Azevedo, mãe de Emelly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, liderou um manifesto em frente ao Fórum de Cuiabá nesta quarta-feira (19).
A família teme que a decisão leve à impunidade, permitindo que a ré, que atraiu, asfixiou e retirou o bebê do útero de Emelly, ainda viva, em abril deste ano, evite a pena de prisão. A decisão do TJMT atende a um pedido relacionado à sanidade mental da acusada.
Ana Paula Peixoto questionou a validade dessa defesa, argumentando que as provas e a própria confissão demonstram a premeditação do crime. "Agora essa mulher pode simplesmente passar o resto da vida em uma clínica. Isso é errado, estou indignada", desabafou a mãe. (Veja o vídeo com o desabafo da mãe ao final).
"Essa mulher tem que pagar, porque ela premeditou, ela planejou e agora vem falar que ela é louca, ela nunca foi louca", disparou.
A mãe classificou a decisão como "um absurdo", lembrando que o crime foi planejado. Nataly atraiu a adolescente, que estava no nono mês de gestação, com promessa de doações, para cometer o crime bárbaro e, depois tentou registrar o bebê como seu.
Ana Paula demonstrou preocupação com o futuro de sua neta, a bebê resgatada com vida, que terá que crescer sem a mãe. "A minha neta está bem, mas um dia a gente vai ter que contar porque ela não tem a mãe dela. É algo que a gente tem que preocupar para o futuro", disse.
Com a mobilização a família exige que Nataly seja responsabilizada integralmente. "Que ela fique atrás das grades para que ela reflita o mal que ela causou a minha família," clamou Ana Paula.
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Vídeo do Estadão MT.

















