A Operação Ressona, que desarticulou uma célula do Comando Vermelho em Lucas do Rio Verde (335 km de Cuiabá) nesta quarta-feira (19), revelou um novo elemento na estrutura criminosa: os investigados mantinham uma rinha de galo em uma de suas bases, que funcionava simultaneamente como ponto de encontro da facção e possível fonte de renda ilícita. A descoberta ocorreu durante o cumprimento de um dos 13 mandados de busca e apreensão da operação, que também cumpriu 17 mandados de prisão e bloqueou R$ 9,3 milhões. (VEJA O VÍDEO AO FINAL)
O imóvel com a rinha clandestina era frequentado por integrantes da facção e servia como local de reuniões da organização criminosa. A arena ilegal foi encontrada no mesmo contexto em que a Polícia Civil identificou a lavagem de quase R$ 2 milhões em apenas quatro meses, a aquisição de fuzis no Rio de Janeiro e a manutenção de um paiol clandestino em Sorriso (400 km da capital).
✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp
Clique aqui para entrar no grupo de whatsapp
LEIA MAIS: Gerente do Comando Vermelho em MT ostentava armas e luxo em favelas do RJ; vídeo
Enquanto o suposto gerente da facção, Rafael Generoso Bampa, fugiu da operação deixando a esposa para trás e ostentava armas pesadas e vida de luxo nas redes sociais, inclusive em favelas do Rio de Janeiro, a base em Lucas do Rio Verde mantinha a rinha de galo como mais uma atividade ilícita.
As investigações mostram que a comunicação entre os criminosos era feita até por videochamadas, com líderes foragidos do Rio de Janeiro enviando ordens para ataques contra empresários, homicídios e ações de intimidação.
LEIA MAIS: Suposto 'gerente' do CV foge de operação e deixa esposa para trás
A operação, conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado e pela Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado, revelou que a célula do CV em Mato Grosso tinha uma estrutura completa que incluía lavagem de dinheiro através de transações fragmentadas, aquisição e armazenamento de armas pesadas, e pontos de encontro como a rinha para integração entre membros.
Segundo a Polícia Civil, a rinha de galo configura mais um crime na lista de atividades ilícitas da organização, demonstrando a diversificação das fontes de renda e a ousadia da facção em manter múltiplas operações criminosas simultaneamente no interior de Mato Grosso.
VEJA O VÍDEO

















