A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin que concedeu prisão domiciliar nesta quinta-feira (17) a Andreson de Oliveira Gonçalves se baseou em carta enviada ao STF onde o lobista relatou definhamento físico e psicológico. As informações dão da revista Veja.
Na cadeia, Andreson perdeu mais de 30% de sua massa corporal desde sua prisão, quando pesava 93 quilos e passou a apresentar quadros graves de desnutrição, depressão e pensamentos suicidas.
Laudos apontaram ainda complicações de uma cirurgia bariátrica, como incapacidade de absorção de nutrientes, crises de diarreia, diabetes e risco de paralisia.
Considerado um “arquivo vivo” do esquema criminoso, o lobista usará tornozeleira eletrônica e seguirá tratamento médico fora do presídio. Desde o início do ano a defesa de Andreson pedia a mudança de regime alegando que ele fazia a jus ao benefício de prisão humanitária.
Ainda de acordo com a Veja, há mais de 3.500 arquivos de conversas do lobista com o advogado Roberto Zampieri, executado a tiros em dezembro de 2023 em Cuiabá, com relatos de extorsão, cobranças de pagamentos e promessas de venda de sentenças.
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Andreson foi preso preventivamente em 26 de novembro de 2024, no âmbito da Operação Sisamnes. A investigação apura crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional.