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CASO RENATO NERY

Ministério Público oferece denúncia contra casal que mandou matar advogado

MP afirma que dupla liderava organização criminosa com policiais na execução do crime

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apresentou, nesta sexta-feira (18), pedido de inclusão de Julinere Goulart Bentos e Cesar Jorge Sechi à denúncia já existente contra cinco réus pelo homicídio do advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, ocorrido em 5 de julho de 2024, em Cuiabá. O casal é apontado como o mandante intelectual do crime.

Segundo o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), a motivação do assassinato foi o inconformismo do casal com a derrota judicial em uma disputa fundiária no município de Novo São Joaquim (448 km de Cuiabá). Renato Gomes Nery havia vencido a causa, o que, de acordo com a investigação, gerou ressentimento e desejo de vingança por parte de Julinere e Cesar. A denúncia detalha que ambos articularam o homicídio e financiaram a execução, pagando R$ 200 mil para que a vítima fosse morta.

Segundo os autos, ela afirmou que seu marido frequentemente demonstrava raiva da vítima, alegando que Renato teria tomado suas terras. Ela ainda declarou que chegou a dar a ordem para que o policial Jackson Pereira Barbosa matasse o advogado, mas que depois teria desistido. Ainda assim, alegou que seu marido continuava insistindo na ideia de eliminar a vítima.

“Restou demonstrado que a denunciada Julinere Goulart Bentos exerceu o papel de mentora intelectual do delito, conjuntamente com seu convivente, o denunciado Cesar Jorge Sechi, impelidos por profundo ressentimento decorrente do insucesso judicial na contenda envolvendo considerável extensão territorial no Município de Novo São Joaquim/MT”, diz trecho do aditamento.

As investigações revelaram que o plano foi executado por uma estrutura organizada, com divisão de tarefas entre mandantes, intermediários e executores. Julinere e Cesar integrariam o “núcleo de comando”, enquanto o policial militar Jackson Pereira Barbosa atuou como intermediário entre os mandantes e os demais réus. Também participaram da execução os policiais Ícaro Nathan Santos Ferreira, Heron Teixeira Pena Vieira e Alex Roberto de Queiroz Silva, caseiro de Heron e responsável pelos disparos que mataram o advogado.

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Três meses após o crime, Jackson escreveu um bilhete à mão pedindo transferência via Pix para cobrar o valor devido e entregou o envelope, identificado com o nome de Cesar, na portaria do condomínio onde ele morava. Segundo o MP, o episódio reforça a participação do casal como mandante e financiador do crime.

O crime ocorreu por volta das 9h da manhã, em frente ao escritório da vítima, localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, bairro Pico do Amor, em horário comercial. A vítima foi surpreendida por Alex Silva enquanto subia as escadas do prédio, sendo atingida por disparos de uma pistola Glock com adaptador de rajada, arma de uso restrito, supostamente fornecida por Ícaro Ferreira. Renato Nery morreu no dia seguinte.

O Ministério Público também atribui ao grupo a formação de organização criminosa, com atuação deliberada para planejar, executar e encobrir o homicídio, incluindo a tentativa de forjar a inserção da arma do crime em um suposto confronto entre bandidos e policiais militares.

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Caso a Justiça acate o pedido do Ministério Público, Julinere Goulart Bentos e Cesar Jorge Sechi responderão por homicídio qualificado por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e com perigo comum, com causa de aumento de pena por a vítima ser idosa, além de integrar organização criminosa.

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