A pedra preciosa se trata de uma canga de esmeralda, com abundância de cristais hexagonais do tipo esmeralda, em grande parte bem preservados. Ela mede 68 cm x 43 cm x 40 cm e foi encontrada na região da Serra da Carnaíba, mas não teve a cidade de origem especificada.
Chamada de "Pequena Notável", a pedra preciosa ganhou esse nome em homenagem a Carmen Miranda, que tinha este apelido devido a sua baixa estatura. Assim como a artista, a pedra é pequena, mas tem abundância de cristais do tipo esmeralda.
De acordo com a empresa, a pedra preciosa foi adquirida pela firma de um empresário carioca do setor de metalurgia, colecionador e investidor de ativos minerais, em agosto de 2024. Quase um ano após a compra, ele decidiu leiloar a esmeralda.
O leilão vai acontecer em 8 de agosto, de forma online, e a pedra pode ser vista no site da empresa ou em uma visita no Rio de Janeiro, mediante agendamento.
⚠️ A pedra não está lapidada, ou seja, está em seu estado natural, como foi achada na mina. O procedimento de lapidação é feito para transformar a pedra preciosa em uma joias, como colares e anéis.
Pedra contrabandeada para os Estados Unidos
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Imagem de outubro de 2001 mostra a 'Esmeralda Bahia' — Foto: Andrew Spielberger/AP
Uma esmeralda encontrada em Pindobaçu, no interior da Bahia, ganhou repercussão nacional em neste ano. A pedra preciosa foi extraída e comercializada ilegalmente para os Estados Unidos nos anos 2000 e a repatriação foi formalizada em janeiro.
A Esmeralda Bahia, como é chamada, tem quase 380 kg e é avaliada em R$ 2,3 bilhões. Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), a pedra preciosa foi levada para o país americano com o auxílio de documentos falsificados.
Em 2017, uma decisão na Justiça Federal em Campinas, no estado de São Paulo, condenou dois acusados de enviar ilegalmente a esmeralda aos Estados Unidos, em uma ação penal que também declarou que quem estivesse em posse da pedra devolvesse ao Brasil.
Em novembro de 2024, a Justiça americana acatou um pedido do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) para que a pedra fosse devolvida ao Brasil, mas a formalização só ocorreu em janeiro deste ano.
A Advocacia-Geral da União afirmou que, após a pedra preciosa chegar ao Brasil, ficará exposta no Museu Nacional do Rio de Janeiro.