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OPERAÇÃO PERFÍDIA

STJ mantém afastamento de Chico 2000 da Câmara de Cuiabá

Ministro nega recurso do vereador, que segue fora do cargo por suspeita de envolvimento em esquema de propina investigado na Operação Perfídia

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O vereador e ex-presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), seguirá afastado do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O recurso apresentado pela defesa foi negado pelo ministro Ribeiro Dantas, conforme despacho publicado nesta segunda-feira (21).  

A medida mantém os efeitos da Operação Perfídia, deflagrada pela Polícia Civil em abril deste ano. Chico 2000 e o também vereador Sargento Joelson (PSB) são investigados por supostamente terem recebido R$ 250 mil em propina da empreiteira HB20, responsável pelas obras do Contorno Leste, orçadas em R$ 125 milhões.  

O pagamento teria sido feito para garantir a aprovação de um projeto legislativo que permitia o parcelamento de dívidas tributárias, favorecendo diretamente a empresa investigada.  

No recurso, Chico 2000 alegou que a operação teria se baseado em provas consideradas ilícitas, o que, segundo a defesa, justificaria a anulação de toda a investigação. O argumento, no entanto, foi rejeitado pelo STJ: “Conhecido o recurso de Francisco Carlos Amorim Silveira e não provido”, diz trecho do despacho.  

Risco de interferência   

O afastamento foi autorizado pela juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), com base no entendimento de que a permanência dos parlamentares no cargo representava risco concreto de obstrução das investigações.

A magistrada apontou que eles poderiam usar a estrutura da Câmara para intimidar testemunhas, dificultar a coleta de provas ou influenciar o curso do inquérito.  A decisão destacou ainda que Chico 2000 ocupava, na época, a presidência da Casa Legislativa, o que ampliava seu poder de influência.  

Operação Perfídia

Além dos dois vereadores, a Operação Perfídia também teve como alvos três integrantes da empreiteira HB20: José Márcio da Silva Cunha, Claudecir Duarte Preza e Jean Martins e Silva Nunes.  

No total, a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) cumpriu 27 ordens judiciais, incluindo buscas e apreensões, quebras de sigilo telefônico e eletrônico, e sequestro de bens, valores e imóveis.  

As investigações começaram a partir de uma denúncia anônima, informando que parlamentares teriam exigido propina para aprovar uma pauta que garantiria pagamentos devidos pela Prefeitura à construtora em 2023. Parte do dinheiro teria sido depositada em conta indicada por um dos vereadores; o restante, segundo a Polícia, foi entregue em espécie no gabinete da Câmara, onde as tratativas ocorreram.

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