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OPERAÇÃO APITO FINAL

Juíza mantém prisão de cunhado do ‘contador’ do Comando Vermelho em MT

Odair José Prins teria atuado como "olheiro" de Paulo Witer, com a missão de alertá-lo sobre a presença de policiais, além de ajudar na lavagem de dinheiro da facção

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

A juíza Alethea Assunção Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Odair José Prins, acusado de ser membro do Comando Vermelho e lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas. Odair é irmão de Cristiane Patrícia Rosa Prins, esposa do ‘contador’ do CV Paulo Witer Farias Paelo, o WT. aA decisão foi proferida no dia 18 de julho e mantém o réu preso para garantir a ordem pública e evitar a reiteração criminosa.

Segundo a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Odair, que foi preso durante a Operação Apito Final, teria atuado como "olheiro" de Paulo Witer, com a missão de alertá-lo sobre a presença de policiais durante estadias em diferentes estados, como Santa Catarina e Rio de Janeiro. Em março de 2024, ele teria deixado às pressas um hotel no Rio de Janeiro onde Paulo Witer e outros dois membros do CV estavam, ao perceber a presença de agentes nas imediações.

Ainda de acordo com a investigação, Odair teria participado da aquisição de um imóvel em Itapema (SC), com valores supostamente oriundos da atividade criminosa, além de movimentar quantias suspeitas — como transferências fracionadas em valores arredondados (R$ 5 mil, R$ 2 mil e R$ 1 mil) — o que indicaria tentativa de dificultar o rastreamento dos recursos.

“Verifica-se que as condutas atribuídas ao réu possuem elevada gravidade, pois, além de sua possível vinculação à facção criminosa, ele ainda teria desempenhado atividades voltadas a frustrar a atuação policial, o que reforça a necessidade da manutenção do cárcere cautelar”, destacou a magistrada.

A magistrada destacou que, apesar do fim da instrução processual, não houve mudança significativa no panorama dos autos que justificasse a soltura. A decisão cita ainda antecedentes criminais atribuídos ao réu nos estados de Goiás e Pará, incluindo processos por associação criminosa, furto qualificado e homicídio culposo no trânsito.

"Restam devidamente evidenciados os motivos ensejadores da custódia preventiva, uma vez que outra medida cautelar não seria suficiente para assegurar a ordem pública ante a gravidade dos supostos delitos praticados", pontuou a juíza.

LEIA MAIS: Tesoureiro do CV-MT segue isolado: Justiça mantém WT no raio 8 da PCE

 APITO FINAL

A operação foi uma das maiores ofensivas contra o crime organizado de 2024 e resultou na prisão de Paulo Witer, apontado como um dos tesoureiros do CV e alguns dos seus comparsas. Ele foi capturado em Maceió (AL) no dia 29 de março, durante um torneio de futebol promovido pelo próprio time “Amigos WT”, usado para lavar dinheiro do tráfico.

A ação faz parte da Operação Apito Final, que cumpriu 54 ordens judiciais, incluindo 25 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão. Também foram determinados o bloqueio de 25 contas bancárias, o sequestro de 45 veículos e a indisponibilidade de 33 imóveis ligados à organização.

Segundo as investigações, WT atuava fortemente no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, onde mantinha a sede do time de futebol e promovia ações sociais para conquistar apoio da comunidade. Comandando o esquema, ele e seus comparsas movimentaram cerca de R$ 65 milhões em dois anos, investindo em imóveis, veículos e empresas com o uso de laranjas e estratégias de ocultação de patrimônio.

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