O governador Mauro Mendes (UB) exonerou Marco Aurélio Vieira de Moraes da diretoria do Centro de Ressocialização Industrial Ahmenon Lemos Dantas. No despacho, publicado no dia 10 de novembro, consta que a decisão ocorreu a pedido.
A exoneração ocorre em um período crítico para o Centro de Ressocialização, tendo em vista a suposta tentativa de fuga de três advogados, detidos na sala maior, e as acusações, por parte dos presos, de maus-tratos e outras ilegalidades no local.
Na versão dos fatos registrada pelas autoridades, Nauder Júnior Alves Andrade (30), Pauly Ramiro Ferrari Dourado (45) e Paulo Renato Ribeiro (52) — todos advogados — teriam tentado fugir do Ahmenon na madrugada do dia 6 de novembro.
Um policial na torre de vigilância teria ouvido ruídos no setor e acionado a equipe em solo. Durante a verificação na sala, os agentes constataram que o ferrolho da grade do banho de sol estava danificado, indicando uma tentativa de rompimento.
As autoridades alegam ainda que foram encontrados materiais ilícitos e outros indícios da tentativa de fuga. Além dos advogados, um quarto homem estaria envolvido.
No entanto, depois da divulgação do caso, a defesa de Nauder Júnior emitiu nota alegando que policiais penais teriam plantado materiais ilícitos para incriminar os detentos, além de denunciar supostas agressões no presídio.
As ilegalidades, segundo a nota, justificaram o relaxamento da prisão, além da instauração de inquérito para apurar a conduta da direção e dos agentes da unidade e a transferência dos presos.
Marco Aurélio Vieira de Moraes ocupava o cargo de subdiretor da unidade.

















