A ministra do Povos Indígenas, Sônia Guajajara (PSol), planeja antecipar a sua saída do governo Lula (PT) e retornar à Câmara dos Deputados logo após o fim da COP 30, no fim de novembro deste ano. Ela assumiria a vaga de Guilherme Boulos (PSol), que acaba de ser nomeado para a Secretaria-Geral da Presidência da República.
A princípio, o lugar de Boulos ficaria com o cientista Ricardo Galvão (Rede) até abril, quando outros ministros do governo retornam ao Congresso. Com a decisão de Guajajara de adiantar a saída para novembro, Galvão continuaria na Presidência do CNPq.
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O Metrópoles apurou que a Guajajara deseja voltar para Câmara porque acredita que, com um mandato, terá mais condições para se candidatar em 2026. A ministra estaria aguardando o fim da COP na expectativa que o evento também lhe dê uma boa vitrine para as eleições do próximo ano. A assessoria dela, contudo, nega a debandada.
Primeira ministra do Povos Indígenas da história do país, Sônia Guajajara tem enfrentado dificuldades desde que assumiu a pasta em janeiro de 2023.
Além do orçamento limitado, o ministério perdeu o poder de aval sob demarcações de terras indígenas logo nos primeiros meses da gestão, quando também passou a lidar com a crise humanitária envolvendo os povos Yanomanis.Além disso, ela vê com insatisfação a formação de um grupo de trabalho, recém-formado no Senado, a favor da exploração mineral em terras indígenas. Isso após o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, sugerir a elaboração de um projeto de lei para abrir esse caminho.
assessoria da ministra afirma não proceder a informação de que irá deixar sua pasta após a COP 30, que termina em 21 de novembro. “A informação não procede. A ministra Sonia Guajajara será candidata à reeleição e sairá no prazo que a legislação eleitoral exige para descompatibilização.”