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Em setembro

China zera importação de soja dos EUA e aumenta compras do Brasil

Pela primeira vez desde novembro de 2018, chineses não adquiriram nenhum grão dos EUA

Administração

Por 
Fernanda Pressinott
 — São Paulo

 

 
 

Dados divulgados nesta segunda-feira (20/10) pelas autoridades alfandegárias chinesas confirmaram que a China continuou a obter a grande maioria de suas importações de soja do Brasil e, pela primeira vez desde novembro de 2018, nenhum grão foi adquirido dos EUA.

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Os embarques brasileiros para a China em setembro somaram 10,96 milhões de toneladas, 30% acima do registrado no mesmo mês de 2024. Isso significa que 85% do total das importações de soja pela China em setembro saíram do Brasil.

A Argentina forneceu 1,17 milhão de toneladas, quase o dobro do número de setembro de 2024 e com representatividade de 9% do total importado.

Também é digno de nota que as importações de soja pela China dos EUA caíram para zero no mês passado pela primeira vez em sete anos.

“Isso provavelmente causará descontentamento aos olhos do presidente dos EUA, Donald Trump. Afinal, ele criticou a China na semana passada por quase não comprar soja dos EUA”, escreveu o Commerzbank, em nota.

As importações dos EUA também foram mínimas nos dois meses anteriores, o que pode ser explicado em grande parte pelo ciclo da colheita. Até o momento, a China ainda não fez nenhuma compra da safra americana que está chegando ao mercado.

“Sem uma resolução rápida para o atual conflito comercial entre os EUA e a China, os exportadores de soja dos EUA correm o risco de perder seu cliente mais importante”, completou o banco.

A China normalmente obtém a maior parte de suas importações de soja dos EUA entre novembro e março. Sem essas compras, a China poderá enfrentar uma escassez de soja em alguns meses, quando o fornecimento da América do Sul chegar na entressafra. Entretanto, ninguém sabe ao certo, o volume armazenado de grão no gigante chinês.

"Tanto os EUA quanto a China provavelmente estarão interessados ​​em chegar a um acordo", diz o Commerzbank. Essa também parece ser a visão do mercado, já que o preço da soja subiu ontem para a maior alta em um mês, a US$ 10,50 o bushel.

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