Em entrevista à CNN, o hepatologista Edison Parise alertou que o consumo de bebidas alcoólicas, mesmo em pequenas quantidades, pode representar riscos significativos para a saúde. O especialista enfatiza que não existe uma dose segura de álcool, contrariando crenças populares sobre o consumo moderado.
De acordo com Parise, os gastos relacionados ao abuso de álcool no Brasil chegam a R$ 19 bilhões por ano, incluindo custos diretos e indiretos, como internações, óbitos e perda de tempo de trabalho.
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Mitos sobre o consumo de álcool
O especialista desmistifica a crença comum de que não beber durante a semana compensa o consumo excessivo nos fins de semana. Conhecido como "binge drinking", esse padrão de consumo pode ser tão prejudicial quanto o uso diário de álcool.
Outro ponto destacado é que a metabolização do álcool varia conforme características individuais. "Mulheres, pessoas obesas e indivíduos com diabetes, por exemplo, apresentam maior risco aos efeitos nocivos da bebida", afirma o hepatologista.
Impactos na saúde
O consumo excessivo de álcool está associado a diversas condições graves, incluindo doenças hepáticas, pancreáticas e mentais. Parise explica que o álcool aumenta o risco de desenvolvimento de diferentes tipos de câncer, como mama, colorretal, pâncreas e fígado.
O especialista esclarece também que medidas populares contra ressaca, como medicamentos "preventivos", não oferecem proteção real ao fígado. A melhor forma de evitar os efeitos negativos do álcool é a hidratação adequada com água.
O especialista explica que o consumo se torna abusivo a partir de cinco ou seis doses para homens e quatro para mulheres, considerando que uma dose equivale a uma lata de cerveja, um copo de chope, uma dose de destilado ou uma taça de vinho.