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"Da turma do Zinho"

TJ aceita denúncia e deputada Lucinha vira ré por envolvimento com milícia

Além da parlamentar, a ex-assessora Ariane Afonso Lima também foi denunciada por suspeita de integrar parte do núcleo político da milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho

Administração

 
Rafael Villarroel, da CNN Brasil*, São Paulo
Foto-G1-Globo
 

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) aceitou nesta segunda-feira (15) a denúncia do Ministério Público e tornou rés a deputada estadual Lucinha e sua ex-assessora parlamentar, Ariane Afonso Limapor suposta relação com a milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.

 

 

Em nota, o Órgão Especial do Tribunal afirmou que a deputada e a ex-assessora são acusadas de envolvimento com a milícia denominada “Tropa do Z”, “Bonde do Zinho” ou “Família Braga”, que atua em bairros da Zona Oeste carioca, como Campo Grande, Paciência, Cosmos, Inhoaíba, Guaratiba e Santa Cruz.

Zinho foi o miliciano mais procurado do Rio, e se entregou em dezembro de 2023.

 

O esquema

Segundo as investigações, a milícia era composta por um núcleo operacional, divididos e outros três grupos, sendo:

  • lideranças principais;
  • lideranças locais, com atuação específica nas áreas dominadas; e
  • assessores, também conhecidos como soldados ou informantes, ligados à liderança principal e responsáveis pelo contato com integrantes das forças de segurança, execução do patrulhamento e segurança, entre outras funções.

A partir dessa operação, foram identificadas outros dois núcleos, o financeiro, destinado à lavagem de dinheiro, e o núcleo político, do qual Lucinha e Ariane faziam parte, onde o objetivo era defender os interesses dos criminosos junto ao Poder Público.

Em um dos trechos da denúncia, o MP diz que em "múltiplos episódios" fica clara a interferência das denunciadas na esfera política, juntamente com autoridades policiais e políticas.

Entre os episódios, a denúncia descreve que, em julho de 2021, ambas forneceram ao grupo informações privilegiadas relacionadas à agenda de visitas do prefeito do Rio, Eduardo Paes, à Zona Oeste, permitindo que os milicianos retirassem seus integrantes das ruas dos locais dominados pela organização.

Ainda houve tentativa de interferência junto ao prefeito e demais autoridades municipais para que fosse mantida a chamada “Brecha da P5” no transporte público alternativo municipal, maior fonte de obtenção direta de recursos da milícia, sendo assim, o grupo poderia explorar o serviço fora do itinerário determinado, aumentando a arrecadação das vans.

A denúncia também cita que, em novembro de 2021, a deputada prestou auxílio a membros do “Bonde do Zinho” presos em flagrante, para liberá-los da prisão.

 

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