O governador Mauro Mendes (União Brasil) comentou nesta segunda-feira (15) a polêmica em torno de seu próprio vencimento ser inferior ao do prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL). O salário do chefe do Executivo estadual, de R$ 32,3 mil, é 64% menor que os R$ 52,9 mil recebidos por Abílio, que figura como o gestor municipal com o maior salário entre as capitais brasileiras, conforme levantamento da Folha de S.Paulo.
Questionado pela imprensa sobre a discrepância, Mauro Mendes ironizou: "Eu ganho pouco", mas rapidamente minimizou a importância da remuneração em sua carreira política.
"Eu ganho aquilo que eu me propus a ganhar [...] Eu não vim para trabalhar no governo pensando em salário", afirmou.
O governador reforçou que possui vida privada e atividades particulares e destacou que sua motivação para a gestão pública seria ideológica.
"Eu vim aqui porque eu queria mostrar que era possível fazer diferente, fazer melhor, trabalhar com muito foco na gestão, e o resultado está aí para todo mundo ver. Eu não vim por causa de salário."
Apesar de tentar não personalizar a polêmica do salário, o governador aproveitou o tema para generalizar críticas ao modelo nacional.
"Eu posso dizer que a Administração Pública no Brasil é cheia de anomalias, é cheia de grandes divergências, e isso é muito ruim para o país", disparou.
Segundo ele, essa ineficiência é visível "em todo lugar que você olha. Você vê coisas anacrônicas, coisas que são disfunções de um modelo que deveria funcionar muito bem e que, no final do dia, é cheio de Frankenstein aí para todo lado."















