O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo, demonstrou desapontamento com a paralisação e a falta de resultados nas obras de recuperação da MT-251, estrada que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães (cerca de 70 km da capital).
Em declarações nesta terça-feira (24) após a reeleição para a presidência do Tribunal, Ricardo classificou a situação como “de volta à estaca zero”. Ao ser questionado sobre a decisão do governador Mauro Mendes (UB) de ampliar os estudos da obra de retaludamento (corte) do morro, na altura do Portão do Inferno, e com a possibilidade de alterar o projeto, até então, defendido pelo Estado.
Sérgio Ricardo enfatizou a própria opinião de que a resolução do problema não é complexa, mas exige "ação, força, vontade e determinação" por parte do governo.
“Ficou-se lá um ano, não andou absolutamente nada, a obra está pior do que antes de começar, quer dizer, foi feito menos do que já tinha, parece que é uma coisa, parece que diminuiu até a obra, o tamanho da obra,” desabafou em tom de frustração e perplexidade.
"Eu entendo que tinha que ter se agido com mais força, com mais vontade, com mais determinação, e foi isso que aconteceu hoje, estamos numa situação que não se sabe para onde ir", completou o presidente do TCE.
Uma das maiores urgências, segundo Ricardo, é a situação de segurança na via. "Tem-se que tirar a passagem de veículos daquele ponto, porque aquela ponte está para desabar a qualquer momento.", alertou, sugerindo uma rota alternativa.
"É desanimador a gente ver que depois de tanta espera, uma cidade lá isolada (Chapada) e não se tem para onde ir, não se tem o que fazer, não se sabe o que fazer, o que eu tenho que fazer é lamentar também, porque eu não esperava tanta demora, não esperava tanta falta de ação.”
Sergio Ricardo ainda mencionou a complexidade dos impedimentos técnicos impostos por instituições federais, o que dificultou o avanço das obras. Apesar da nova legislação que, segundo ele, permitiria ao Estado avançar em obras de interesse público, ele se mostrou "impressionado com a falta de resultados".
LEIA MAIS: Sinfra aprofunda estudos para solução na região do Portão do Inferno
