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AMEAÇA AO AGRO

Mendes aponta dependência do Irã e aconselha busca por novo fornecedor de fertilizantes

O país do Oriente Médio controla o Estreito de Ormuz e cogita bloquear o acesso após EUA bombardear suas instalações nucleares

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

O governador Mauro Mendes (União Brasil) apontou a dependência comercial do Brasil quanto à compra de fertilizantes do Irã e sugeriu que o país busque novos fornecedores do insumo. O Irã controla o Estreito de Ormuz e ameaçou bloqueá-lo após os Estados Unidos (EUA) bombardear suas instalações nucleares. A sanção econômica afetará diretamente o agronegócio brasileiro encarecendo as operações, uma vez que os fertilizantes e combustíveis transitam pelo Estreito. 

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"O Estreito de Ormuz é um importante canal ali do Oriente Médio, que é um importante fornecedor de petróleo, de fertilizantes, no mundo e no Brasil. Claro que o bloqueio de um canal logístico vai trazer consequências, mas eu acredito que nós temos alternativas em outros países para que nós possamos evitar ou tentar evitar que haja um desabastecimento do nosso suprimento de fertilizantes", disse o governador nesta segunda-feira (23) em cerimônia no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá. 

Mauro não cobrou uma reação do Ministério da Agricultura (Mapa), mas criticou o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) por dificultar a liberação de licenças para a exploração de potássio em Autazes, no Amazonas, dando autonomia ao país no consumo de fertilizantes, derrubando a necessidade de importação. 

"Nós temos terras absolutamente favoráveis, clima favorável, mas a nossa terra não tem a fertilidade necessária para dar a produtividade que o sistema agrícola brasileiro está acostumado. Então, nós dependemos muito da importação de fertilizantes. Por isso que não dá para entender como que um órgão ambiental brasileiro, o nosso Ibama, demorou quase 15 anos para licenciar uma mina de potássio no Amazonas", disparou. 

A mina é um projeto da empresa Potássio do Brasil e pode suprir cerca de 50% do insumo consumido pelo agro nacional. No entanto, enfrentou resistência dos órgãos de controle devido o impacto ambiental e a necessidade de consulta prévia às comunidades indígenas. Mauro ressaltou estar atento a situação e se disponibilizou a dialogar com o governo federal em busca de uma solução. 

"O mais importante e relevante setor da economia brasileira hoje é o agronegócio brasileiro. Então, eu espero que nós encontremos e nós vamos trabalhar para isso, para criar alternativas para que não haja um desabastecimento de fertilizantes no Brasil", concluiu Mendes. 

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