O governador Mauro Mendes (União) classificou como "inaceitável" a liberação do homem que foi "enquadrado" por uma moradora de Cuiabá no último domingo (30). O suspeito foi surpreendido pela mulher tentando invadir uma residência no Cidade Alta, mas foi liberado após assinar termo circunstanciado na delegacia.
“O bandido foi levado para a delegacia, assinou um papel e, na sequência, foi liberado. Isso não aconteceu porque o delegado quis, mas porque a lei brasileira manda que isso aconteça. Isso é um tapa na cara do policial e da sociedade”, afirmou o governador.
Segundo informações da Polícia Militar, a moradora, que é policial civil, ouviu barulhos no telhado e flagrou o homem tentando invadir a residência. Armado, o suspeito tentou fugir, mas a mulher efetuou um disparo de advertência. Intimidado, ele desceu e foi imobilizado com ajuda de vizinhos até a chegada dos policiais. A arma utilizada pela agente é registrada e ela possui porte legal. As investigações sobre o caso continuam.
Mauro Mendes argumentou que o Estado faz grandes investimentos em segurança pública, mas que esse esforço é anulado pela brandura das punições. Ele citou que apenas neste ano mais de dois mil criminosos faccionados foram apreendidos em Mato Grosso, muitos dos quais liberados poucas horas depois, em audiência de custódia.
“A lei, além de não punir, parece incentivar o crime. Ninguém aguenta mais esse prende e solta”, criticou.
O governador fez um apelo direto ao Congresso Nacional, pedindo agilidade na elaboração de normas mais severas. “É muito importante que o Congresso se mexa e faça leis mais duras. Um país precisa dar segurança ao cidadão de bem e não tratar bandido como está sendo tratado. Estamos preocupados, todos nós. O governo de Mato Grosso faz sua parte, mas precisamos de leis que realmente nos ajudem”, disse.
Mendes ainda destacou a reincidência criminal como um problema crônico, mencionando casos de indivíduos presos múltiplas vezes em um curto período. “Tem bandido que prendemos cinco, dez vezes no ano. Já teve quem foi preso duas vezes na mesma semana. Isso é um absurdo e essa realidade precisa mudar”, afirmou.
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