O governador Mauro Mendes (União Brasil) reafirmou acreditar na inocência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e demais presos por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Mendes ressaltou que não houve golpe de Estado e lamentou a prisão de Bolsonaro, pontuando que Jair é o segundo ex-presidente a estar detido. O governador não citou o presidente Lula (PT), mas pontuou que a extrema-direita representa uma ala de brasileiros que estão "cansados" da velha política.
"São pessoas que cansaram de um Estado brasileiro como um todo que cobra muitos impostos e devolve muito pouco. Se cansaram de uma violência que estão crescendo muito no nosso Brasil. E essas pessoas representam isso dizendo que são de direita. No final do dia elas dizem: 'Olha, eu sou contra esse modelo de gestão pública e de resultado que o país tem apresentado últimos anos'. E aí um presidente preso é sempre lamentável", falou o governador ao UOL nesta quarta-feira (26).
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A Polícia Federal ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com o pedido de prisão preventiva no último sábado (22) após o filho do ex-presidente, o senador pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), convocar uma vigília em frente à casa de Jair. O ministro Alexandre de Moraes acolheu a representação e Jair foi conduzido à sala especial da PF de forma cautelar.
Já nesta terça-feira (25), o STF frustrou os recursos da defesa e decretou o trânsito em julgado do processo sobre o núcleo duro do golpe. Com isso, o ex-presidente deu início ao cumprimento da pena e continuará na PF. Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão em regime inicial fechado pela articulação do golpe. Como o ex-presidente tentou romper a tornozeleira eletrônica, a tendência é que a prisão domiciliar não seja concedida.
Mauro Mendes, aliado político de Bolsonaro, não vê indícios para que o STF mantenha Jair preso em regime fechado.
"Eu, particularmente, acredito, não quero aqui atacar ninguém, mas eu acredito na inocência daquelas pessoas", opinou o governador. "Não houve a prática, na minha opinião, de um golpe. Podem ter pensado, mas não fizeram absolutamente nada", concluiu.
















