O governador Mauro Mendes (União Brasil) defendeu que a extrema-direita escolha como candidato à presidência um dos quatro governadores que sinalizaram disposição para disputar a majoritária em 2026 e citou os nomes dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG); e do Paraná, Ratinho Jr (PSD-PR).
Mauro avalia que o país deva "contratar" na próxima eleição um presidente com experiência em gestão, afastando a possibilidade de investir nos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), herdeiros diretos do espólio político de Jair.
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"Com respeito a todos, eu considero que os quatro governadores, pela experiência administrativa, por experiência com gestão, e neste momento, nós precisamos contratar alguém para ser o próximo presidente e contratamos ele pelo voto, alguém que tem experiência com gestão, que possa ir lá enfrentar os graves problemas do país", falou Mauro Mendes ao UOL nesta quarta-feira (26).
"Eu acho que os quatro governadores que se apresentaram até agora como possíveis candidatos, na minha opinião, tem melhores condições de fazer", completou.
A declaração de Mauro Mendes acompanha o que especialistas têm indicado. Última pesquisa da Quaest apontou que a rejeição ao sobrenome Bolsonaro subiu sete pontos percentuais, alcançando 64%. Os números são de 18 de setembro, quase dois meses antes da prisão domiciliar de Jair ser convertida em preventiva.
Em entrevista recente à CNN Brasil, o sócio da consultoria Think Policy, Leonardo Barreto, observou que os eleitores da extrema-direita continuam admirando Bolsonaro, mas mantém resistência sobre membros da família de Jair serem projetados como candidatos.
O governador Mauro Mendes desconversou sobre a resistência a família Bolsonaro e observou que todo candidato sempre terá opositores, mas destacou que a quantidade de apoiadores a Jair e seus herdeiros também é grande.
"Se você olhar para um determinado candidato, ele tem muitos apoiadores e tem resistência. Então, se você olhar pra família Bolsonaro, para os filhos dele, têm muitos apoiadores, mas tem resistência. Se olhar pro Ratinho, se olhar pro Caiado, se olhar para qualquer um que se apresente, vai ter gente apoiando e gente que talvez não apoie e até que jogue contra", concluiu Mauro.
