A vereadora por Cuiabá Dra. Mara (Podemos) afirmou ao HNT TV Entrevista que é contrária ao rompimento do contrato com a CS Mobi, concessionária responsável pela administração do estacionamento rotativo em Cuiabá. Mara defende que o prefeito Abilio Brunini (PL) faça uma negociação, revendo o acordo para evitar uma guerra judicial.
A vereadora é ventilada para compor a segunda Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a viabilidade do contrato. Além de Mara, o líder do governo, Dilemário Alencar (União Brasil), relator na primeira comissão, e Tenente Coronel Dias (Cidadania) também são cotados para a 'CPI da CS Mobi 2.0'.
Segundo a vereadora, Abilio justifica que a gestão não tem dinheiro em caixa para fazer os repasses mensais de R$ 1,1 milhão à concessionária e, por isso, o ideal seria suspender o acerto. Mara divergiu, apontando que além de implantar o estacionamento, a CS Mobi está em ritmo acelerado com as obras do Mercado da Miguel Sutil e tem dado andamento a melhorias no Centro Histórico.
Sou mais uma péssima negociação a uma briga judicial
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"Pelo bem da cidade, eu sou mais uma péssima negociação a uma briga judicial. É melhor continuar e ver qual é a viabilidade econômica para a empresa e para o município. Sentar à mesa para discutir. Eu não sou da parte radical de romper por completo o contrato, até porque se a gente analisar bem já foram feitas inúmeras situações por parte da empresa", argumentou a vereadora.
CPI DA CS MOBI 2.0
Os vereadores estão com dificuldades para reunir as assinaturas e emplacar a segunda CPI. São necessárias nove. Até o momento, apenas seis sinalizaram apoio. Um dos motivos pela impopularidade é o fato da Câmara emendar uma CPI em outra.
Não se pode abrir uma nova CPI sem fatos novos
Os trabalhos da primeira CPI duraram 240 dias, contando com o período de prorrogação. A comissão, concluída na primeira quinzena de outubro, fez 19 indicações a Abilio e recomendou o indiciamento do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) por improbidade administrativa.
Na reta final dos trabalhos, Abilio levou um dossiê com calhamaços de documentos que não foram analisados por falta de tempo. Mara detaca esse histórico não investigado como um dos fatores que endossam a abertura de uma segunda comissão.
"Essa continuidade é para procurar por esses fatos novos porque não se pode abrir uma nova CPI sem fatos novos", concluiu a vereadora.
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