Em evento na capital cearense no domingo (30/11), Michelle repreendeu o deputado federal André Fernandes (PL-CE) pelo possível apoio do PL à candidatura de Ciro ao governo do Ceará em 2026. Ela afirmou que a aliança contraria a linha defendida pelo partido em nível nacional.
“A Michelle atropelou o próprio presidente Bolsonaro, que havia autorizado o movimento do deputado André Fernandes no Ceará. E a forma com que ela se dirigiu a ele, que talvez seja nossa maior liderança local, foi autoritária e constrangedora”, disse o filho mais velho de Jair Bolsonaro à coluna.
Flávio lembrou que, no Ceará, existem três forças: Bolsonaro, Lula e Ciro. “Partindo do princípio que Ciro é candidato ao governo do Estado e não será um palanque de apoio a Lula, há uma janela de oportunidade para diminuir a força local de Lula para presidente”, afirmou o senador.
O filho mais velho de Jair Bolsonaro disse ainda que a decisão sobre as candidaturas majoritárias nos estados não será de Michelle, nem dele, nem de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL. Segundo Flávio, a decisão será feita após discussão interna feita por um grupo.
“O mecanismo será uma discussão interna feita por um grupo, do qual ela faz parte, e depois a decisão final será, sempre, de Jair Messias Bolsonaro. Michelle não é política e precisa entender que a forma de tomar uma decisão às vezes é mais importante do que a própria decisão”, declarou.
Flávio conversa com André Fernandes
A coluna apurou que, após a fala de Michelle, Flávio e André Fernandes conversaram por telefone ainda no domingo. Segundo relatos, o filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu desculpas ao parlamentar cearense em nome da família pela fala da madrasta.
André também ganhou a solidariedade de diversos colegas do PL nos grupos de WhatsApp do partido nas últimas horas. Deputados do partido afirmaram que a fala de Michelle foi “desrespeitosa” e atropela o próprio marido, que deu aval para a aliança com Ciro no Ceará.




















