Promotores de Berlim apresentaram acusações contra Matthias Moosdorf, do partido de ultradireita AfD (Alternativa para a Alemanha), por supostamente ter feito a saudação nazista, proibida para o partido, a outro membro durante uma sessão parlamentar, segundo um comunicado divulgado na segunda-feira (16).
O Bundestag, câmara baixa do Parlamento alemão, votou em outubro pela revogação da imunidade parlamentar de Moosdorf, que também é violoncelista e pró-Rússia, abrindo caminho para as acusações.
Segundo os promotores, o político, de 60 anos, fez um gesto de bater o calcanhar e uma saudação nazista perto de uma das entradas do histórico edifício do Reichstag durante uma sessão parlamentar em junho de 2023, garantindo que a saudação "fosse perceptível a outras pessoas".
Na Alemanha, o uso de slogans e símbolos ligados a grupos anticonstitucionais, incluindo os nazistas, é ilegal desde a Segunda Guerra Mundial.
Em comunicado, Moosdorf rejeitou a acusação de que teria feito a saudação nazista enquanto verificava o casaco da esposa no guarda-volumes do prédio.
"É vergonhoso que alguém esteja tentando fabricar um espetáculo político neste nível, em vez de se engajar construtivamente com o conteúdo do nosso partido e suas posições políticas", afirmou.
O AfD, que já lidera as pesquisas em toda a Alemanha antes das eleições em cinco estados no próximo ano, tem estreitado laços com os Republicanos, alinhados ao movimento americano MAGA (Faça a América Grande Novamente, na sigla em inglês).
O partido foi classificado no início deste ano pela agência de inteligência interna da Alemanha como uma organização extremista de direita.
















