Enquanto o Planalto comemora a notícia de que Lula encontrará Donald Trump na próxima semana para discutir as sanções ao Brasil, após conversa na ONU nesta terça-feira (23/9), parte dos bolsonaristas vê o copo “meio cheio” com a notícia.
Desde o início da guerra econômica de Trump contra o Brasil, caciques aliados de Jair Bolsonaro defendiam que Lula ligasse para Trump, justamente por considerarem que o americano colocaria o brasileiro em uma situação complicada.
A comparação não é nem com a reunião de Trump com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, mas com o encontro entre o presidente dos EUA e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.
Em maio, Ramaphosa esteve na Casa Branca e foi confrontado por Trump por um suposto “genocídio branco” que ocorria no país africano. O presidente dos EUA chegou a passar um vídeo com recortes de reportagens.
Agora, a avaliação é que Lula se complicará ao explicar a posição do PT, por exemplo, contra a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro, e que ainda será cobrado pelas regulamentações às redes sociais defendidas por seu governo.
Eduardo comemora
O “convite” para conversar de Trump para Lula foi comemorado, por exemplo, pelo deputado Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos articulando sanções ao Brasil em defesa da anistia à trama golpista.