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SUPOSTO FEMINICÍDIO

Família aponta agressões e contesta versão de suicídio de advogada em Cuiabá

Parentes afirmam que a mulher vivia situação de violência e pedem aprofundamento das investigações

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

A morte da advogada Viviane Fidélis, 30, registrada no dia 17 de setembro em Cuiabá, segue sob investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e foi destaque no Domingo Espetacular, da Record TV, neste domingo (23). Familiares e amigas contestam a tese inicial de suicídio e afirmam que o namorado da jurista, Rafael Augusto de Campos Gomes Rondon, apresentava comportamentos de ciúmes excessivos e chegou a empurrá-la durante uma discussão.

Dois meses após o início das apurações, Rafael ainda não foi ouvido pela Polícia Civil. O inquérito foi instaurado no dia 23 de setembro pelo delegado Marcelo Carvalho, seis dias após a morte, e passou a tramitar como “morte a esclarecer” após a família pedir a reavaliação da versão inicial.

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MORTE E CONTRADIÇÕES

Viviane foi encontrada morta em seu apartamento, no Residencial Acácia, no Bosque da Saúde. A mãe dela, Sheyla Regina Barros de Souza, diz que a filha e Rafael se conheceram no Tribunal de Contas e iniciaram o relacionamento após aproximação profissional.

O corpo foi localizado por uma vizinha, após moradores informarem que Rafael estava na portaria tentando entrar no prédio. Sem conseguir contato com Viviane, a vizinha entrou no apartamento usando a senha fornecida pelo namorado. Ela relatou que encontrou a advogada morta no banheiro.

Segundo a família, Rafael entrou no local logo depois e alterou a posição do corpo e do cinto, o que também foi apontado pelo laudo preliminar da Politec. O diretor de criminalística, Eric Zambrim, afirmou que, mesmo com alterações, havia vestígios que indicavam posição compatível com “sistema de forca”.

Relatos de controle e agressão

Rafael disse à polícia que Viviane não aceitava o fim do relacionamento. Câmeras do prédio registraram que os dois se encontraram em dois momentos no dia anterior à morte. No último registro, às 5h31, ele aparece segurando os braços da advogada, que tenta se afastar. Ela está com a mesma roupa encontrada no dia seguinte.

Amigas de Viviane relataram comportamentos de ciúmes por parte do namorado em diversas situações. Mensagens mostram que, um mês antes da morte, ele teria empurrado a jurista durante uma discussão. Em outros diálogos, Viviane reclamava de controle, crises de ciúmes e do fato de o namorado vasculhar seu celular enquanto ela dormia.

No dia anterior à morte, ela afirmou a uma amiga que havia terminado o relacionamento e que cogitava solicitar medida protetiva.

INVESTIGAÇÃO E COBRANÇA

Após o óbito, Rafael não procurou a família da advogada. Um tio relatou que uma mulher, que se apresentou como madrinha dele, ofereceu-se para custear o velório, mas não explicou por que o namorado não estaria presente.

Documentos mostram que Rafael chegou a agendar depoimento, mas desistiu no dia e optou pelo silêncio, segundo sua defesa. O delegado Caio Albuquerque, atual responsável pelo caso, disse que ele será ouvido no “momento oportuno”.

O Ministério Público considera o depoimento fundamental. A promotora Claire Vogel Dutra afirmou que a definição sobre ele ser ouvido como testemunha ou suspeito dependerá do andamento das provas periciais.

A família critica a demora e questiona procedimentos não realizados, como a coleta de digitais de objetos do apartamento. Sheyla afirma ter visto uma faca sobre a cama da filha, que não teria sido recolhida. Albuquerque respondeu que apenas itens considerados relevantes pela investigação são coletados. Zambrim reforçou que a perícia não encontrou faca no local. (Com informações do FolhaMax)

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