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FALSO MÉDICO

STF mantém condenação de golpista que cobrava 252 dólares para “prever câncer”

Condenado por aplicar golpes com falsos exames de câncer, Thiago Cesar Moreira teve último recurso rejeitado no Supremo

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o recurso do farmacêutico Thiago Cesar Moreira, acusado de estelionato por fingir ser médico e cobrar 252 dólares para “prever câncer”. A decisão, de 24 de novembro, considerou os embargos intempestivos, ou seja, apresentados fora do prazo legal.

Ele foi condenado a três anos de prisão por estelionato majorado em 2022 por aplicar golpes em pelo menos 19 pessoas, sendo três idosos em Cuiabá e em outras regiões do Brasil. Ele dizia fazer supostos exames de fio capilar, alegando parceria com o laboratório americano Johns Hopkins Medicine. Ele mesmo falsificava os laudos e receituários.

Segundo a ministra, a defesa fez a interposição de embargos somente em 5 de novembro, dois dias após o término do prazo. Em sua manifestação, Moreira alegou violações de direitos constitucionais, como ampla defesa e da retroatividade da lei penal mais benéfica.

Apesar dos argumentos, a relatora destacou que a intempestividade impede a análise do mérito dos embargos. “O presente recurso é intempestivo, pelo que inadmissível a análise jurídica dos argumentos do embargante”, escreveu.

Com a decisão, a ministra determinou a certificação imediata do trânsito em julgado e o retorno do processo à Justiça de Mato Grosso.

ENTENDA O CASO

Thiago Cesar Moreira virou notícia nacional após duas moradoras do Distrito Federal denunciarem terem caído num golpe em 2019. Na época, ele alegou fazer pós-doutorado em Baltimore, nos Estados Unidos, e realizava teste de probabilidade de câncer de forma gratuita. O valor de 252 dólares seria falsamente justificado como uma taxa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o envio da amostra coletada para o exterior.

No entanto, somente no final de julho de 2020 o falso médico foi preso pela Polícia Militar de Mato Grosso após outra vítima, desta vez em Cuiabá, ter desconfiado do golpe. A mulher e os familiares participaram do procedimento. Durante a abordagem, o enfermeiro confessou os golpes. Em seu carro foram encontrados insumos e materiais para coleta de amostras para o exames como luvas, seringas, algodão e tesoura.

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