O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o arquivamento de investigações sobre uma suposta ligação entre o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves e o ministro Nunes Marques, também do Supremo. Andreson é investigado por suposta participação em um esquema de venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ), nos tribunais estaduais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do vazamento de informações processuais.
De acordo com o site Metrópoles, a Polícia Federal não encontrou qualquer evidência que indicasse vínculo entre o lobista, preso na Operação Sisamnes, e o ministro do STF. Análises do celular de Andreson não identificaram contatos com Nunes Marques, e a checagem junto à operadora telefônica também não apontou qualquer registro.
Nesta quinta-feira (8), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou um recurso apresentado pelo lobista para obter prisão domiciliar e manteve sua prisão preventiva. Gonçalves foi preso em 26 de novembro de 2024, por decisão judicial do próprio Zanin, e desde então teve sua situação cautelar analisada em diversas oportunidades, todas mantendo a legalidade e necessidade da custódia.
Sua prisão ocorreu no âmbito da Operação Sisamnes, para apurar sua influência na venda de sentenças. Na época, as casas e gabinetes dos desembargadores afastados João Ferreira Filho e Sebastião de Morais Filho foram alvos, assim como a casa e o escritório do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023 em Cuiabá.