O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a manutenção da prisão preventiva do boliviano Reny Pablo Delgadillo Lema enquanto aguarda um pedido formal de extradição. Ele está preso na cadeia pública de Juara (656 km de Cuiabá) acusado de contratar um grupo de pessoas por US$ 100 mil para matarem três pessoas.
No despacho, desta sexta-feira (7), a Bolívia tem 60 dias para apresentar o pedido oficial de extradição, conforme estabelece a Lei de Migração. O prazo começa a contar a partir da data em que o país solicitante for notificado da prisão do extraditando.
Zanin determinou ainda que, caso o pedido não seja apresentado dentro do prazo legal, o processo deverá ser novamente remetido a ele para nova deliberação “com urgência”.
Reny foi preso durante uma operação antidrogas do Grupo Especial de Fronteira (Gefron). Segundo o Ministério Público da Bolívia, ele é apontado como autor intelectual de um triplo homicídio e de dois sequestros ocorridos em Santa Cruz de la Sierra.
De acordo com o site boliviano Instantáneas, as investigações indicam que o preso tem ligação com a máfia balcânica. As três vítimas do triplo assassinato, encontradas mortas em 13 de agosto, eram estrangeiras e apresentavam sinais de tortura. Delgadillo também é acusado de planejar o sequestro do próprio padrasto e do meio-irmão, em julho, em Santa Cruz.

















