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Justiça Quarta-feira, 01 de Outubro de 2025, 08:33 - A | A

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DECISÃO INÉDITA

Justiça proíbe Polícia Civil de usar dados do COAF em inquérito de operação em MT

STF ainda está debatendo se relatórios obtidos sem prévia autorização judicial podem ser usados como provas

Conteúdo Hipernotícias

A juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias, proibiu a Polícia Civil de Mato Grosso de utilizar dados do Relatório de Inteligência Financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) nas investigações da Operação Poço Sem Fundo. A decisão é desta terça-feira (30).

A decisão atende pedido da empresária Cristiane Almeida, patrocinada pelo advogado Artur Barros Freitas Osti. Inicialmente, a defesa pediu a suspensão de toda a investigação, alegando que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a suspensão dos processos que discutem a legalidade das provas de informações financeiras obtidas por requisição direta da Polícia Civil ou do Ministério Público Estadual ao COAF.

"A defesa sustenta que no presente inquérito, a autoridade policial requisitou informações financeiras diretamente ao COAF, em afronta ao entendimento consolidado pelo Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça, de modo que haveria risco de contaminação probatória", diz trecho do relatório da decisão.

A magistrada negou a suspensão total do inquérito. No entanto, reconheceu que o STF ainda está julgando um tema de Repercussão Geral (que será usado como jurisprudência de casos semelhantes) sobre a legalidade da requisição dos relatórios financeiros junto ao COAF sem prévia autorização judicial.

Mesmo sem a empresária ser citada no relatório, a juíza determinou a retirada dos dados do COAF das investigações. "Em observância ao princípio da segurança jurídica e para evitar questionamentos futuros, mostra- se adequada a providência sugerida pelo Parquet, consistente no desentranhamento do Relatório de Inteligência Financeira (RIF) n. 113462.131.11966.14213 (ID n. 187958610), vedando-se o uso de informações dele derivadas", assinala.

Poço Sem Fundo

Deflagrada em maio deste ano, a Operação Poço Sem Fundo apura um suposto desvio de recursos públicos por meio de contratos para perfuração de poços artesianos feitos pela Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat).

As auditorias apontaram diversas falhas na execução das obras e na fiscalização, resultando no pagamento pela perfuração de poços secos ou improdutivos. As fraudes podem chegar a R$ 22 milhões.

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