Os ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) não conheceram, por unanimidade, recurso de Cleuco Gomes de Brito, acusado de matar um casal na frente de uma criança em Alto Boa Vista (963 km de Cuiabá), por desavença na comercialização de 800 cabeças de gado. Com a decisão, publicada nesta terça-feira (30), fica mantida a prisão preventiva do acusado.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, o casal Romildo Borges Martins e Crislene Aparecida Ferreira Alves (40 e 39 anos) foi morto em um assentamento no dia 20 de janeiro. Cleuco, que atuava como agiota na região, teria vendido o gado para Romildo para pagamento em parcelas.
Quando a vítima atrasou algumas parcelas, Cleuco teria iniciado as cobranças que, em alguns casos, também se tornaram ameaças de violência física.
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No dia do crime, o agiota foi até a propriedade rural do casal e entrou em luta corporal contra Romildo. Sua esposa, Crislene, tentou apartar a briga, mas foi atingida por dois tiros de revólver pelo criminoso que, em seguida, matou o marido. O filho do casal, que presenciou toda a cena, entrou em estado de choque e se refugiou na mata até a chegada da polícia.