A juíza Alethea Assunção Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a retirada das tornozeleiras eletrônicas dos réus Emerson Ferreira Lima e Erisson Oliveira da Silva, réus por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ambos, e outras pessoas, foram alvos da Operação Apito Final que tinha como principal alvo Paulo Witer Farias Paelo, o ‘WT’. A decisão foi proferida nesta segunda-feira (28) após cumprirem integralmente as medidas cautelares e não registraram violações durante os seis meses de monitoramento.
De acordo com a magistrada, os dois haviam obtido a revogação da prisão preventiva em 7 de dezembro de 2024, quando foram impostas medidas alternativas, como comparecimento mensal em juízo, manutenção de endereço atualizado, proibição de contato com outros investigados e o uso da tornozeleira eletrônica por seis meses. Como não houve incidentes no período, foi autorizada a retirada do equipamento.
No mesmo despacho, a juíza intimou as defesas de outros réus, incluindo dois braços direitos de WT, Luiz Fernando da Silva Oliveira e Cleyton César Ferreira de Arruda a apresentarem justificativas, em até cinco dias, sobre possível descumprimento das regras do monitoramento eletrônico.
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OPERAÇÃO FAIR PLAY
A operação foi deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso em novembro de 2024 para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro promovido pelo Comando Vermelho. A investigação revelou que o grupo de Paulo Witer utilizou a compra de um apartamento de mais de R$ 1 milhão em Itapema, Santa Catarina, para ocultar recursos oriundos do tráfico de drogas. A operação cumpriu 19 mandados judiciais, incluindo prisões, buscas e apreensões, além do sequestro de veículos, bloqueio de contas bancárias e suspensão de atividades econômicas de empresas envolvidas.
A operação é um desdobramento da Apito Final e contou com apoio da Polícia Civil de Santa Catarina.