Brutalidade, risco de fuga, comportamento agressivo e crime cometido no âmbito de violência doméstica, estes foram os argumentos utilizados pelo juiz Guilherme Carlos Kotovicz para decretar a prisão preventiva do médico Bruno Felisberto Tomiello, de 29 anos, preso acusado de matar a namorada adolescente Ketlhyn Vitória de Souza, de 15 anos.
Inicialmente, a Polícia Civil de Guarantã do Norte (709 km de Cuiabá), onde o crime ocorreu, no último sábado (3), havia pedido a prisão temporária do suspeito. Contudo, o juiz plantonista negou devido à ausência de elementos que comprovassem a imprescindibilidade para as investigações.
O magistrado explicou que devido a brutalidade do crime e a conduta de Bruno, não se aplicaria prisão temporária ao caso e sim preventiva.
Apesar de Bruno não ter antecedentes criminais, o juiz pontuou que crimes cometidos em contexto de violência doméstica resultam em repulsa social e clamor público, que exige uma resposta do Estado à altura do delito cometido.
Além disso, Bruno já possui uma medida protetiva protocolada pela ex-companheira em seu desfavor, o que, segundo a decisão, evidência que o suspeito é ‘contumaz’ em condutas violentar em relacionamentos.
O histórico, conforme o magistrado, revela um padrão de comportamento agressivo, o que indica um risco de reincidência. Dessa forma, o juiz entendeu que a liberdade de Bruno compromete a ordem pública, por isso a prisão preventiva torna-se indispensável.
Por fim, o juiz pontuou que a fuga de Bruno após socorrer a vítima não é compatível com a de quem busca colaborar com a apuração da verdade.
O CRIME
Ketlhyn Vitória de Souza foi baleada na cabeça enquanto estava com namorado, o médico Bruno Felisberto. Em depoimento, ele contou que estava com a adolescente em um carro, voltando de uma festa.
À ocasião, a jovem pediu para sentar no colo dele e ele começou a manusear a arma, quando houve o disparo. A menor foi socorrida e encaminhada para um hospital do município.
A equipe tentou reanimar Ketlhyn por cerca de 40 minutos, mas sem êxito. Depois do crime, ele fugiu e se entregou no Pará, na segunda-feira (5).
No interrogatório, ele confessou ser o autor dos disparos.
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