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China

Xi Jinping intensifica controle sobre Partido Comunista ao condenar ex-ministro à morte por corrupção

A sentença reforça a estratégia de Pequim, que visa eliminar adversários dentro do Partido Comunista.

Administração

Por:
RFI

Foto-Folha UOL

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Em mais um capítulo da ofensiva anticorrupção liderada por Xi Jinping, o ex-ministro da Agricultura da China, Tang Renjian, foi condenado à morte com suspensão da execução no domingo (28). Ele é acusado de ter recebido o equivalente a R$ 180 milhões em propina ao longo de 17 anos de carreira. A sentença reforça a estratégia de Pequim, que visa eliminar adversários dentro do Partido Comunista.

Tang Renjian, ex-ministro da Agricultura da China, foi condenado à morte com suspensão da execução — o que significa que a pena pode ser comutada para prisão perpétua, caso ele não cometa novos crimes nos próximos dois anos. A sentença, anunciada no domingo (28), está relacionada a um grande escândalo de corrupção.

Ao longo de 17 anos de carreira política, Tang teria usado sua influência para receber mais de 268 milhões de yuans em propinas, o equivalente a cerca de R$ 180 milhões. Antes de assumir o ministério (2020-2024), ele ocupou os cargos de governador da província de Gansu, no noroeste do país, e vice-presidente da região autônoma de Guangxi, no sul.

Segundo o comunicado oficial, os subornos causaram "prejuízos especialmente graves aos interesses do Estado e do povo", o que justificaria a aplicação da pena máxima. Tang teria confessado os crimes e demonstrado arrependimento.

Campanha anticorrupção e disputas internas
A condenação se insere na ampla campanha anticorrupção promovida pelo presidente Xi Jinping, que considera a corrupção a maior ameaça à sobrevivência do Partido Comunista Chinês. Nos últimos anos, a ofensiva se intensificou e passou a atingir também altos escalões do governo.

Tang foi expulso do partido em novembro passado, e a investigação — iniciada seis meses depois — foi concluída com rapidez incomum. O ritmo acelerado lembra os casos que derrubaram dois ministros da Defesa: Li Shangfu e Wei Fenghe.

Para analistas, além de combater práticas como o uso de dinheiro vivo e presentes a autoridades — comuns na política chinesa —, a campanha também serve para Xi Jinping consolidar poder e eliminar adversários dentro do partido.

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