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Foto-Agência Eclesia
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A Nigéria vive uma crise alarmante de perseguição religiosa em 2025, com mais de 7 mil cristãos assassinados nos primeiros sete meses do ano. A situação, que agrava um conflito antigo no país, é reflexo da atuação de grupos extremistas islâmicos como Boko Haram e o Estado Islâmico, além de ataques promovidos por milícias Fulani radicalizadas contra comunidades cristãs, principalmente no Cinturão do Meio, região central do país.
De acordo com um relatório da Sociedade Internacional para as Liberdades Civis e o Estado de Direito (Intersociety), entre 1º de janeiro e 10 de agosto de 2025, foram mortos 7.087 cristãos, além de outros 7.800 sequestrados por motivos religiosos. Esses números indicam que, diariamente, cerca de 35 cristãos são capturados e que a violência contra esse grupo tem atingido níveis de verdadeira crise humanitária.
O relatório da Intersociety, liderado pelo criminologista Emeka Umeagbalasi, baseou-se em fontes confiáveis como a mídia local e internacional, relatos governamentais, e testemunhos de vítimas para compilar os dados. O estudo também aponta que desde 2009, cerca de 125 mil cristãos foram mortos, 19 mil igrejas destruídas e mais de 600 clérigos sequestrados, tornando a Nigéria um dos países mais perigosos do mundo para a prática da fé cristã.
Especialistas e organizações internacionais consideram que os ataques configuram um padrão de perseguição religiosa e até genocídio. Contudo, o governo nigeriano nega que a violência tenha motivações religiosas, atribuindo os conflitos a disputas históricas entre fazendeiros e pastores. Ainda assim, a comunidade internacional pressiona por uma resposta mais eficaz para conter a crise.
Segundo a Lista Mundial da Perseguição 2025, publicada pela Missão Portas Abertas, a Nigéria ocupa o sétimo lugar entre os países onde os cristãos enfrentam maior perseguição. No período entre outubro de 2023 e setembro de 2024, foram registrados 3.100 mortos, 2.830 sequestros e milhares de casos de agressão física e psicológica.
O cenário da perseguição religiosa na Nigéria exige atenção global e ações concretas para proteger as comunidades afetadas. A falta de respostas eficazes do governo tem sido apontada como um dos fatores que permitem a continuidade da violência.
A crise não é apenas uma estatística, mas vidas reais de milhares de famílias que convivem diariamente com o medo e a perda. A urgência em frear a perseguição religiosa na Nigéria cresce a cada dia, clamando por solidariedade e ações que respeitem o direito à liberdade religiosa e à vida.