O Paris Fashion Week foi palco da estreia de Duran Lantink como diretor criativo da Jean Paul Gaultier, que apresentou a coleção prêt-à-porter de primavera/verão 2026 no domingo (5/10). O resultado foi uma combinação de diferentes estéticas, na qual se destacaram a criatividade nos designs e o questionamento dos limites entre roupa e corpo humano na moda, como no (criticado) look que simula um corpo inteiramente nu, sem qualquer tipo de censura.
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A coleção Junior, a primeira de Lantink à frente da grife francesa, buscou referência na linha Junior Gaultier, assinada por Jean Paul entre 1988 e 1994, marcada pela estética clubber, que marcou os anos 1980. A homenagem é visível em listras, tattoos em tule e padrões visuais geométricos, típicos da década em questão.
Um dos atos mais comentados do desfile foi aquele com peças que remetem aos visuais de corpos humanos, um toque esdrúxulo simulado por meio de estampas trompe-l’oeil e tatuagens em segunda pele. Com direito à imagem de um nu completo, a sequência de looks gerou críticas na web:
“Adoro moda, estilo, design e vanguarda, mas isso é mais do que vulgar e ridículo. A classe está cada vez mais desvalorizada, só sabem inventar para chamar a atenção”, reagiu um seguidor da Gaultier no Instagram.



A estética, contudo, não é nova na maison. Há décadas, o designer e seus sucessores exploraram o corpo nu — especialmente o feminino — por meio de transparência e estampas ao longo da história.
Confira:




Gaultier: do esdrúxulo ao criativo
A abordagem da estreia de Lantink foi para o lado sofisticado em itens como as saias com a frente curta e a traseira longa, uma técnica que explora o contraste na proporção e no corte dramático. Para além disso, a coleção foi marcada pela criatividade nas homenagens à linha oitentista.


Polka dots, ombreiras, questionamento de gêneros na moda e um glamouroso casaco dourado foram alguns dos elementos buscados na fonte do acervo criativo da grife francesa.
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