O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sinalizou incômodo com a pressão de aliados de centro e de direita por definição de sua candidatura em 2026.
A um ano das eleições presidenciais, o governador tem sido pressionado por partidos de centro-direita a definir, até dezembro, sua candidatura ao Palácio do Planalto.
Por outro lado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem reafirmado que Tarcísio é candidato à reeleição e que a eleição presidencial só será discutida no próximo ano.
Em conversas reservadas relatadas à CNN, o governador tem indicado que a discussão é prematura neste momento, ainda mais diante da incerteza no quadro eleitoral.
Atualmente, as pesquisas de intenção de voto mostram uma recuperação gradual do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que diminui as chances de uma candidatura do governador.
No Palácio dos Bandeirantes, a defesa maior é de que, caso o petista siga em rota de recuperação eleitoral, é melhor que Tarcísio dispute a reeleição e se lance apenas em 2030 à sucessão presidencial.
Por isso, Tarcísio tem sido claro em conversas reservadas: só tomará uma decisão definitiva em março do ano que vem. Até lá, é candidato à reeleição ao governo do estado.
O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, tem defendido que o lançamento da candidatura presidencial do governador ocorra até dezembro. Bolsonaro, no entanto, já deixou claro que não apoiará nenhum nome antes de 2026.
Entre deputados de direita, a defesa é para que o ex-presidente só apoie um nome à vésperas do pleito. O receio é de que um apoio antecipado enfraqueça a defesa no Congresso Nacional de uma anistia ao líder da direita.