A primeira-dama e vereadora por Cuiabá, Samantha Iris (PL), afirmou que a resistência da direita em Mato Grosso a 'dobradinha' ao Senado com a deputada estadual Janaina Riva (MDB) não tem relação a pessoa da parlamentar, mas sim com o seu partido. De acordo com Samantha, a orientação da nacional do MDB sobre o partido caminhar com o PL no estado "não faz sentido" pois as siglas estão em lados opostos.
É o MDB. Eu acredito que ela tem sim o trabalho dela
"É uma questão partidária", disse. "É o MDB. Eu acredito que ela tem sim o trabalho dela, tem o reconhecimento dela, mas acredito que a questão partidária, infelizmente, não tem como caminhar junto", emendou Samantha Iris ao programa Roda de Entrevista da TV Mais, afiliada à TV Cultura.
O presidente estadual PL, Ananias Filho, e o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), blindam o grupo das investidas de Janaina. Mas o impasse será resolvido pelo presidente nacional, Valdemar Costa Neto, que nomeou a trama política - que envolve também o senador Wellington Fagundes (PL), sogro de Janaina - como um "problemaço".
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Reprodução/Câmara de Cuiabá

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, e a esposa, a primeira-dama e vereadora, Samantha Iris (PL), em audiência na Câmara.
BRIGAS DO MDB COM O PL
Antes do martelo ser batido por Valdemar, Samantha se adianta e argumenta que não há como compartilhar o palanque com o MDB pois em Mato Grosso o PL foi atacado muitas vezes pelo partido. Ela mencionou as eleições atuais com os embates entre a prefeita eleita em Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), e o ex-prefeito Kalil Baracat (MDB); e de Abilio com o ex-prefeito Emanuel Pinheiro, atualmente filiado ao PSD, mas que na época das eleições municipais pertencia ao MDB.
É muito difícil a gente caminhar junto
"A gente está falando de um partido que brigou muito com a gente. É muito difícil a gente caminhar junto. O PL é um partido de posicionamento diferente. É uma aliança muito difícil de acontecer em Mato Grosso", opinou a primeira-dama.
"É um grupo que infelizmente nunca teve proximidade ou nada em comum com o PL e não faz sentido", concluiu Samantha.