Belém – Em meio aos corredores abarrotados de ambientalistas de todo o mundo e nomes do governo Lula, uma figura chamou a atenção nos corredores da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30). Vestido com blazer e boné verde, o senador bolsonarista Wellington Fagundes (PL-MT) foi ao evento levantar pauta do agronegócio.
Ao Metrópoles Fagundes explicou que veio pedir apoio à moratória da soja, visando indenizar em até R$ 2 bilhões os produtores do grão. Trata-se de um acordo entre empresas de outros países para não comprar o produto se ele for cultivado em áreas desmatadas na Amazônia após julho de 2008.
Tal acordo foi derrubado por decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e está em disputa no Supremo Tribunal Federal (STF). O argumento que aponta a decisão com caráter mercadológico por parte das empresas, e não ambiental, é que o compromisso aplica-se exclusivamente à soja, e não a outros produtos agrícolas.
“Já houve uma decisão por unanimidade de que se trata de um cartel das grandes trades usurpando os pequenos e médios produtores da região amazônica. Mas nós também estamos na Justiça para que eles paguem, devolvam o dinheiro roubado praticamente dos nossos produtores. Quem lesa, quem toma o dinheiro, realmente faz algo que prejudica a sociedade e, no nosso caso, principalmente o pequeno e médio produtor”, afirmou Fagundes.
O senador argumentou que as empresas adotaram como regra algo não amparado na legislação brasileira, visando prejudicar o setor. “Nós temos a legislação mais rígida do mundo, que é o Código Florestal. Portanto, essa lei, que é a mais rígida, é a nossa base. É o que está previsto na Constituição”, disse.

















