A COP30 em Belém entra hoje no segundo dia de negociações sobre as ações para conter o avanço do aquecimento global.
Até o dia 21, delegações de 194 países vão tentar chegar a um consenso sobre 145 temas para impedir que o planeta esquente ainda mais.
A programação desta terça-feira (11) será focada em temas como adaptação, cidades, infraestrutura, água, resíduos, governos locais, bioeconomia, economia circular, ciência, tecnologia e Inteligência Artificial.
Ontem, para evitar que as negociações ficassem travadas, houve um acordo para que as discussões sobre temas mais sensíveis como financiamento e metas climáticas ficassem para ser analisados a partir de amanhã.
O presidente da COP30, André Correia do Lago, comemorou o acordo:
'a agenda de ação que nós estruturamos para esta COP, da qual vão participar tantos ministros de Estado brasileiros e outras autoridades em eventos múltiplos de dimensão, acredito, absolutamente essencial para os passos adiante, essa agenda de ação vai mostrar muitos caminhos. Essa, portanto, é uma COP de implementação. Eu espero que seja lembrada também como uma COP de adaptação, uma COP que vai avançar na integração do clima, na economia e nas atividades, na criação de emprego.'
A principal autoridade das Nações Unidas em mudanças climáticas, o secretário Simon Stiell, criticou o atraso dos países em entregar as novas metas nacionais contra o aquecimento global.
Até agora, apenas 111 países apresentaram os compromissos, segundo a plataforma Climate Watch.
Antes de voltar a Brasília, o presidente Lula fez o discurso de abertura da COP, quando condenou os países que gastam com conflitos armados. O líder brasileiro disse que seria muito mais barato salvar o planeta do que fazer guerras.
Sem citar o presidente Donald Trump, Lula voltou a criticar aqueles que negam a emergência climática:
'Na era da desinformação, os obscurantistas rejeitam não só as evidências da ciência, mas também os progressos do multilateralismo. Eles controlam algoritmos, semeiam o ódio, espalham o medo, atacam as instituições, a ciência e as universidades. É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas.'
Embora os Estados Unidos sejam o segundo maior poluidor global, o presidente Donald Trump não veio à COP30 e nem mandou delegação oficial. O país está representado na conferência por parlamentares democratas.
Quem também vai participar da COP hoje é o governador da Califórnia, Gavin Newson, que é forte opositor de Trump e possível candidato democrata às eleições americanas.
Ontem, em São Paulo, ele disse que a postura do governo americano demonstra uma guerra ideológica que dobra a aposta da estupidez nos Estados Unidos.
'Eu estou aqui por conta da ausência de qualquer liderança do governo dos Estados Unidos. É um vácuo de deixar o queixo caído. Nenhum representante, nenhum espectador, nenhum. Nem mesmo alguém para tomar notas. Isso é uma reversão completa do progresso feito pelo governo Biden.'
O governador do Pará, Helder Barbalho, rebateu um ataque feito pelo presidente americano.
Nas redes sociais, Trump criticou o desmatamento provocado pela construção de uma rodovia em área da Amazônia para a COP30.

















