Um senador democrata dos Estados Unidos foi expulso de uma entrevista coletiva com a secretária de Segurança Interna do governo de Donald Trump nesta quinta-feira (12). O senador Alex Padilla disse que também foi algemado e imobolizado no chão por policiais.
Em um comunicado, o senador disse que participava de uma entrevista coletiva em Washington que a secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristin Noem, dava à imprensa para falar sobre os protestos e a presença da Guarda Nacional norte-americana em Los Angeles.
Padilla, que é da Califórnia, pediu a palavra para questionar Noem sobre a decisão do governo Trump de enviar homens da Guarda Nacional para conter os protestos no estado e foi então imobilizado.
Imagens registradas pela imprensa que estava no local mostram policiais tentando conter o senador e retirá-lo da sala. "Tire suas mãos de mim", disse Padilla a um dos policiais.
O senador foi então conduzido para fora da sala pelos policiais e, fora dela, disse ter sido algemado e jogado no chão.
Senadores que também participavam da coletiva de imprensa, inclusive do Partido Republicano, de Trump, criticaram a atitude dos policiais.
"Ver o jeito como ele foi conduzido para fora da sala é errado e doentio", declarou a senadora republicana Lisa Murkowski.
Em comunicado, o Departamento de Segurança Interna acusou o senador de tentar se aproximar da secretária Kristin Noem sem se identificar.
"O senador Padilla optou por um teatro político desrespeitoso e interrompeu uma coletiva de imprensa ao vivo sem se identificar ou usar seu distintivo de segurança do Senado enquanto se lançava contra a secretário Noem. Ele foi instruído repetidamente a recuar e não obedeceu às ordens repetidas dos policiais", diz o comunicado.
O departamento afirmou ainda que a secretária Kristi Noem conversou com Padilla após o episódio.
A ex-vice-presidente dos EUA Kamala Harris também criticou o tratamento dado ao senador democrata e chamou o caso de "abuso de poder vergonhoso".