Aliados de Jair Bolsonaro (PL) correm contra o tempo para a eleição presidencial de 2026. Sem indício de que a anistia que paira no Congresso reverterá o quadro e libere o ex-presidente para a eleição, o foco está, agora, em proteger Eduardo Bolsonaro.
Com o julgamento de Jair no Supremo pela tentativa de golpe de estado, o projeto de anistia voa no Congresso Nacional. No entanto, não há indícios concretos de que a aprovação será do texto mais liberal de todos, aquele que pode reverter a inelegibilidade do ex-presidente — definida em 2023 pelo TSE.
Sem Jair, a tentativa do núcleo duro do bolsonarismo é a de proteger Eduardo Bolsonaro o quanto antes para conseguir, textualmente, uma forma de que ele possa disputar as eleições de 2026.
O deputado federal está nos Estados Unidos e trabalha junto do governo de Donald Trump em prol de seu pai e é suspeito de ter influenciado a imposição do tarifaço a produtos brasileiros. O Supremo investiga sua atuação em um inquérito — no qual Jair foi punido com prisão domiciliar.
Investigadores e integrantes do STF consideram que o calendário envolvendo Eduardo pode ter a denúncia e até mesmo o julgamento ainda neste ano, pois ele e o pai já foram indiciados. Caso uma eventual condenação aconteça até dezembro, Eduardo estará automaticamente inelegível para 2026 -- e por mais anos.
Por saberem desse calendário curto, os aliados de Bolsonaro correm para garantir essa proteção ao filho 03.
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