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Gustavo Gayer

Quem é o deputado que chamou de 'imbecil' nota de Valdemar sobre prisão de Bolsonaro

Deputado é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro e foi o segundo mais votado em Goiás

Redação Terra

Foto-Gazeta do Povo

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) ganhou repercussão após chamar de “imbecil” a nota emitida pelo presidente de seu partido, Valdemar Costa Neto, a respeito da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. O deputado foi o segundo mais bem votado de Goiás em 2022, e acumula polêmicas.

Em uma publicação no X, o perfil do PL publicou um texto curto sobre a prisão de Bolsonaro: “Estou inconformado!!!! O que mais posso dizer”. Nos comentários, Gayer se mostrou revoltado com as palavras. “Que nota mais imbecil é essa? Pelo amor de Deus”, escreveu.
Seguidor do bolsonarismo, o parlamentar também esteve presente nos atos feitos pelos apoiadores do ex-presidente em Goiás. Em outras publicações na rede social, ele pediu que o Brasil parasse após a prisão de Jair Bolsonaro.

Quem é Gustavo Gayer

Gustavo Gayer, de 44 anos, é natural de Goiânia, e foi eleito deputado federal, filiado ao PL. Nas eleições de 2022, ficou em segundo lugar como mais bem votado no estado, com 200.586 votos, atrás apenas de Silvye Alves (UB), que teve 254.653 votos.

Gayer é professor de inglês, cristão, casado com Ethienne, e pai de dois filhos, Gabriel e Maria Fernanda, de 17 e 14 anos, respectivamente. O deputado é ativista digital, e possui um canal no YouTube, além de ter forte presença militante pela direita nas redes sociais. Ele é dono de uma escola de inglês em Goiânia.

O deputado é filho da delegada, vereadora e deputada estadual Maria da Conceição Gayer, que faleceu em 2006. No início da década de 1980, ela militou contra a ditadura militar. Em entrevista em 2020, Gustavo afirmou que seu pai abandonou a mãe ainda grávida, e ele foi criado por um irmão mais velho membro da comunidade LGBTQIAPN+.

Carreira como deputado
Gayer tem 20 pessoas neste ano trabalhando em seu gabinete, em Brasília, sendo 14 ativas atualmente. O salário mensal bruto do deputado é de R$ 46.366,19, segundo informações do portal da Câmara dos Deputados.

Seu trabalho como deputado federal envolve estar em algumas comissões da Câmara. Entre as comissões das quais Gayer é titular, estão:

Comissão Especial sobre Acumulação de Cargo de Professor (PEC 169/19)
Comissão Especial sobre Direito Digital
Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional
Comissão Especial sobre Inteligência Artificial (PL 2338/23)
Como suplente, ele participa das comissões:

Comissão de Comunicação
Comissão Especial da Lei de Incentivo ao Esporte (PLP 234/24)
Comissão de Cultura
Deputado acumula polêmicas
Em maio, Gayer publicou no X uma insinuação de que Alcolumbre formaria um "trisal" com Gleisi e seu marido, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). A provocação veio após o presidente Lula dizer que colocou uma "mulher bonita" na articulação política porque quer ter uma boa relação com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e do Senado. Questionado, Gayer afirmou que "jamais quis ofender ou depreciar" Alcolumbre. A PGR sugeriu uma audiência de conciliação entre os envolvidos. Gleisi entrou com uma queixa-crime por injúria e difamação contra o parlamentar.

Em outubro de 2024, Gustavo Gayer foi alvo de operação da Polícia Federal. Ele não foi citado diretamente pela PF como um dos alvos, mas se manifestou sobre a operação nas redes sociais. A operação cumpriu 19 mandados de busca e apreensão que foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para desarticular uma associação criminosa voltada para desvio de recursos de cotas parlamentares – verba pública destinada ao pagamento de despesas típicas do exercício do mandato, como passagens aéreas, aluguel de carro, entre outras. 

“É surreal o que está acontecendo. Não consigo saber por que sofri busca e apreensão e assessores meus receberam busca e apreensão. Aonde que isso vai parar? Vieram na minha casa, levaram meu celular, meu HD, meu SSD, Esta democracia relativa está custando caro para o nosso país”, disse na época.

Em 2023, o deputado enfrentou pedidos de cassação por declarações racistas. Ele associou a existência de ditaduras em países africanos à suposta “falta de capacidade cognitiva” da população. Em um podcast, ele comparou o QI do povo africano ao de macacos, alegando que o Brasil segue o mesmo caminho. Após as declarações, o Ministério da Igualdade Racial acionou a Procuradoria-Geral da União (PGU) para tomar as medidas jurídicas cabíveis contra Gustavo Gayer.

Durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia de Covid-19, Gayer foi apontado como um dos youtubers que mais lucraram com a disseminação de fake news sobre a doença. Segundo o jornal O Globo revelou na época, os vídeos foram removidos do ar após o parlamentar lucrar R$ 40 mil com as notícias fraudulentas.

Em 2000, Gustavo Gayer foi denunciado pelo Ministério Público após provocar um acidente de trânsito e atropelar e matar duas pessoas, e deixar uma terceira paraplégica. Em 2015, ele foi autuado por dirigir embriagado. A situação acarretou em problemas em sua candidatura à Prefeitura de Goiânia em 2020, já que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exige a apresentação de certidão criminal negativa. Ele perdeu a eleição à prefeitura.

Fonte: Redação Terra

 

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