O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) criticou duramente a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e classificou como “ditadura do Judiciário” a atual condução de decisões envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores. A declaração foi feita na manhã desta terça-feira (5), após a imposição de prisão domiciliar a Bolsonaro por descumprimento de medidas cautelares.
Segundo Campos, o Supremo vem adotando posições extremas e autoritárias. “Infelizmente, o Brasil vive uma ditadura do Judiciário. Eu vivi o regime militar, fui prefeito em 1972, governador no final da ditadura, e nem naquela época víamos esse tipo de decisão vinda da Justiça”, afirmou o parlamentar.
O ministro Alexandre de Moraes determinou que Bolsonaro permaneça em casa, usando tornozeleira eletrônica, proibido de receber qualquer visita que não seja de familiares ou advogados. A decisão gerou forte reação entre aliados do ex-presidente, que consideram a medida abusiva.
“O ministro tem sido extremamente duro e truculento, tanto com Bolsonaro quanto com os manifestantes do 8 de janeiro. Tem idoso condenado a 17 anos de prisão. Isso é justiça?”, questionou Campos.
O deputado também criticou o fato de que, segundo ele, o STF concentra suas ações contra aliados de Bolsonaro, enquanto escândalos de corrupção como os do INSS e da Lava Jato são deixados de lado. “O Supremo está de olho em um lado só. E os verdadeiros ladrões do Brasil?”, disparou.