O vereador Rafael Ranalli (PL) apresentou, nesta terça-feira (8), moção de repúdio ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após decisão que determinou prisão domiciliar ao ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL). Ranalli chegou à Câmara com a boca tapada por fitas, representando a suposta censura sofrida pelo ex-presidente e seus apoiadores. O endurecimento das medidas cautelares contra Bolsonaro ocorre após mobilizações por todo o país, inclusive em Cuiabá, a favor do ex-presidente. Mesmo sob restritivas, o ex-presidente participou dos atos por vídeochamadas.
Com os desdobramentos, os bolsonaristas endureceram o tom pelo pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, relator dos processos relativos aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e também da tentativa de golpe de Estado que teria contado com participação direta e preponderante de Bolsonaro. Ranalli fez um apelo para que a bancada de Mato Grosso no Senado assine o pedido de destituição de Moraes. Wellington Fagundes, do PL e Margareth Buzetti, do PSD, já são signatários do documento.
"A gente não pode admitir um ministro do Supremo da nação que ele mesmo considera a mais democrática do mundo. É uma vergonha. A gente espera que os nossos ministros tenham comportamento ilibado e, para os Estados Unidos, o nosso ministro não o tem", falou Ranalli se referindo à aplicação da Lei Magnitsky, usada pelos Estados Unidos contra violadores dos Direitos Humanos e recentemente imposta a Alexandre de Moraes.
"É uma revolta de grande parcela da população e eu sei que muitos aqui dizem para mim que não é o papel do vereador, mas acho que muito pelo contrário, a gente está aqui para representar a população. A gente está aqui para protocolar esse pedido e espero que, como essa casa não tem nenhum petista e ninguém se considera de esquerda, que esse repúdio seja aprovado hoje", completou Ranalli.